Entre crepúsculos e auroras
DOI:
https://doi.org/10.52052/issn.2176-5960.pro.v10i22.6377Resumo
Eu só queria nesse preciso segundo caminhar belamente sobre as águas, num santificado momento de tranquilidade e ausência de agitação, mínimas ondas a blasfemar o solo sagrado, beijando com pressa a areia e revolvendo-se temerariamente. Eu só queria andar como um Deus, negar de tudo o todo e reconhecer em mim a majestosa imperturbabilidade. Mas sucumbi, como um Lázaro caído, uma morte num instante. Para andar como um Deus entre os homens é preciso mais que entrega, uma verdadeira morte. É com sangue que se paga a santidade, é com sangue que se paga a excelência, não adianta, é sangue derramado nos vastos campos elísios do Érebo, é morte gloriosa, nada além.
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Publicado
2017-03-21
Como Citar
Moraes Lins da Silva, C. E. (2017). Entre crepúsculos e auroras. Prometheus - Journal of Philosophy., 10(22). https://doi.org/10.52052/issn.2176-5960.pro.v10i22.6377
Edição
Seção
Dossiê Estoicismo