Percursos de pesquisa: notas iniciais sobre o trabalho de campo com o projeto Parir no Vale do Capão (BA)

Autores

  • Danielle Parfentieff de Noronha Mídia, Comunicação e Cultura – Universidad Autònoma de Barcelona

Resumo

Neste resumo expandido busco apresentar algumas considerações da pesquisa etnográfica realizada com o projeto Parir – Parto Domiciliar Planejado, que é desenvolvido no Vale do Capão, município de Palmeiras, Bahia. O foco são as Rodas do Parir, encontros abertos à comunidade realizados semanalmente, onde são compartilhadas diferentes experiências relacionadas à maternidade. A partir da observação participante e de entrevistas com as organizadoras e mulheres que frequentam a Roda, em diálogo com a antropologia, os estudos de gênero e os estudos decoloniais latino-americanos, esta pesquisa, ainda em desenvolvimento, irá apresentar discursos outros, contra-hegemônicos e plurais, sobre questões que envolvem a gestação, o parto e o puerpério, que incluem (re)pensar as narrativas sobre corpo, empoderamento, poder, família, ser mulher e ser mãe, levando em consideração as intersecções entre gênero, raça e trabalho.

PALAVRAS-CHAVE: Corpo. Gênero. Maternidade. Parto domiciliar. Poder.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Danielle Parfentieff de Noronha, Mídia, Comunicação e Cultura – Universidad Autònoma de Barcelona

Doutora em Mídia, Comunicação e Cultura pela Universitat Autònoma de Barcelona, mestra em Antropologia pela Universidade Federal de Sergipe e jornalista, graduada na Universidade Metodista de São Paulo.

Referências

GEERTZ, Clifford. O saber local. Petrópolis: RJ, Vozes, 1997.

LANDER, Edgardo. La colonialidad del saber: eurocentrismo y ciencias sociales, perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: Clacso, 2000.

LUSTOSA, Raquel; FLEISCHER, Soraya. “O que adianta conhecer muita gente e no fim das contas estar sempre só?” O desafio da maternidade em tempos de Síndrome Congênita do Zika Vírus. 31ª Reunião Brasileira de Antropologia, Brasília, DF, 2018.

MALDONADO-TORRES, Nelson. Sobre la colonialidad del ser: contribuciones al desarrollo de un concepto. Págs. 127-68 en El giro decolonial: reexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global, CASTRO-GOMES, Santiago y GROSFOGUEL, Ramón (Orgs.). Bogotá: Siglo del Hombre, 2007.

MELO, Camila. No tempo da espera: reflexões sociológicas sobre a humanização do parto no Recife. Tese de Doutorado: Universidade Federal de Pernambuco, 2017.

MIGNOLO, Walter. Historias locales/diseños globales: colonialidad, conocimientos subalternos y pensamiento fronterizo. Madrid: Akal, 2013.

NUCCI, Marina. Maternidade, gênero e ciência: reflexões e tensionamentos. 31ª Reunião Brasileira de Antropologia, Brasília, DF, 2018.

PULHEZ, Mariana. A “violência obstétrica” e as disputas em torno dos direitos sexuais e reprodutivos. Seminário Internacional Fazendo Gênero 10 (Anais Eletrônicos), Florianópolis, 2013.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidad del poder e clasificación social. Págs. 285-327 en El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global, CASTRO-GÓMEZ, Santiago y GROSFOGUEL, Ramón (orgs.) Bogotá: Siglo del Hombre, 2007.

RODRIGUES, Laís. PARIR É LIBERTÁRIO: Etnografia em um grupo de apoio ao parto humanizado de Recife/PE. Tese de Doutorado: Universidade Federal de Pernambuco, 2015.

SOUZA, Heloisa. A ARTE DE NASCER EM CASA: Um olhar antropológico sobre a ética, a estética e a sociabilidade no parto domiciliar contemporâneo. Dissertação de mestrado: Universidade Federal de Santa Catarina, 2005.

Publicado

2019-10-19