“Civilização” com aspas: contornos de políticas culturais terena

Augusto Ventura dos Santos

doi:10.21665/2318-3888.v13n25p9

Autores

Augusto Ventura dos Santos Universidade de São Paulo https://orcid.org/0000-0003-3077-9716

DOI:

https://doi.org/10.21665/2318-3888.v13n25p9

Palavras-chave:

Etnologia americanista. Terena. Políticas culturais. Indigenização da cultura.

Resumo

Tradicionais habitantes do Cerrado e do Pantanal e falantes de um idioma aruaque, os Terena são uma das populações indígenas mais numerosas do Brasil. Ao longo de séculos de colonização, foram alvos de estereótipos muitos particulares: “índios mansos”, “civilizados”, “aculturados”. Nas últimas décadas, em reação ao controle administrativo e confinamento territorial imposto pelo estado brasileiro, lideranças terena têm protagonizado um vigoroso movimento de afirmação cultural e luta por autonomia e cidadania política. Assumindo a pauta de investigação sobre a indigenização da cultura (Carneiro da Cunha, 2009), o presente ensaio almeja delinear contornos das políticas culturais terena. Para tanto, descreve algumas situações etnográficas que explicitam mal-entendidos produtivos (Sahlins, 2008) entre políticas indígenas e políticas dos brancos.

Submissão: 09 set. 2024 ⊶ Aceite: 22 fev. 2025

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