Iluminar y beber

una etnografía del ritual de Iluminación de los Muertos y el consumo de manicuera en Vigia de Nazaré, Pará

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.21665/2318-3888.v12n23p55

Palabras clave:

Iluminación de los Muertos. Manicuera. Cementerio São Francisco de Asís. Antropología de la Muerte.

Resumen

Este artículo presenta las lógicas simbólicas expresadas en el ritual de la Iluminación de los Muertos y en el consumo del mingau de manicuera en el Día de los Difuntos (2 de noviembre) en el Cementerio São Francisco de Asís, ubicado en la ciudad de Vigia de Nazaré, en Pará. La fecha simbólico-colectiva reúne en Brasil diversos elementos sincréticos de diversas matrices culturales, religiosas y sociales que están vinculadas a componentes estéticos, agentivos y ritualísticos, que en el panorama regional, e incluso nacional, son notablemente heredados, resignificados y provenientes de tradiciones africanas, indígenas, entre otros grupos. Para observar dichos elementos-rituales, anclados en el campo de la Antropología de la Muerte a través de un esfuerzo etnográfico de investigación, viabilizado por la observación participante y flotante, además del levantamiento bibliográfico de investigaciones realizadas sobre la fecha y sus particularidades en cada ciudad de la microrregión del salado paraense, se buscó comprender la dinámica cementeriana y sus ritualidades en conjunto con el consumo de la bebida de los muertos en el Día de los Difuntos, así como entender su relación, agencia, sociabilidad e importancia antes, durante y después de la Iluminación de los Muertos. Así, concluimos que el acto de beber la iguaria remite a una simbología congregada al ritual de la iluminación, dada la búsqueda de la manicuera vinculada a la fecha y al cementerio, así como los discursos afectivos en torno a la bebida desde la preparación hasta el consumo dentro y en las inmediaciones de la necrópolis.

Sumisión: 15 may. 2024 ⊶ Aceptado: 11 jun. 2024

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Biografía del autor/a

Marcelo Alves Costa, Universidade Federal do Pará

Mestrando em Antropologia no Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia da Universidade Federal do Pará (PPGSA-UFPA). Graduado em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Pará (UEPA). Membro do Grupo de Estudos em Antropologia da Morte (GEAM); do Grupo de Estudos Religiões de Matriz Africana na Amazônia (GERMAA) e do Grupo de Pesquisa Movimentos Sociais e Educação na Amazônia (GMSECA-UEPA). Tem interesse nas áreas de Religião, Antropologia da Morte, Etnologia indígena e Antropologia da alimentação.

Elisa Gonçalves Rodrigues, Universidade Federal do Pará

Doutoranda e Mestra em Antropologia pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia (PPGSA) da Universidade Federal do Pará (UFPA). Graduada em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Pesquisadora vinculada à Associação Brasileira de Estudos Cemiteriais (ABEC) e à Associação Brasileira de Antropologia (ABA). Integra o Grupo de Pesquisa Antropologia das Paisagens: memórias e imaginários na Amazônia (NAVERRÂNCIAS) e o Grupo de Pesquisa Milagreiros, Santos Populares e lugares de devoção (ABEC). Coordena o Grupo de Estudos em Antropologia da Morte (GEAM). Possui experiência em Antropologia e Estudos Cemiteriais, especialmente nos campos relacionados à Antropologia da Morte, Antropologia das Emoções, Antropologia Urbana, Imaginário, Memória, Narrativas, Morte, Luto, Ritos Funerários e Santos Populares ou Milagreiros.

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Publicado

2024-06-27

Cómo citar

COSTA, Marcelo Alves; RODRIGUES, Elisa Gonçalves. Iluminar y beber: una etnografía del ritual de Iluminación de los Muertos y el consumo de manicuera en Vigia de Nazaré, Pará. Ambivalências, São Cristóvão-SE, v. 12, n. 23, p. 55–79, 2024. DOI: 10.21665/2318-3888.v12n23p55. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/Ambivalencias/article/view/n23p55. Acesso em: 18 oct. 2024.