A HORA E A VEZ, NO CONTO A HORA E A VEZ DE AUGUSTO MATRAGA, DE GUIMARÃES ROSA
THE TIME AND DE TURN, IN THE STORY A HORA E A VEZ DE AUGUSTO MATRAGA, BY GUIMARÃES ROSA
DOI:
https://doi.org/10.51951/ti.v7i13Resumo
RESUMO: Este trabalho se propõe a estabelecer um estudo sobre o conto A hora e a vez de Augusto Matraga, buscando discutir como Guimarães Rosa, ao recriar a relação do brasileiro com o catolicismo popular, reinventa a relação filosófica do homem com a religião. Para tanto, observa-se o desenvolvimento existencial de Nhô Augusto, de sua condição de homem violento e impetuoso, para uma nova situação de Augusto Matraga, de personalidade religiosa e resignada. Assim, este artigo detém-se em analisar como o protagonista gradativamente vai se desvinculando de códigos de honra nordestinos para incorporar uma postura filosófica universal sobre a relação entre a vida e a morte na trajetória humana. A base da reflexão deste artigo é a crença popular de que o momento da morte pode ser “a hora e a vez” da redenção de um homem, sendo abordada como o clímax da narração e de renovação da personagem. Pretende-se, portanto, verificar a trajetória de transformação existencial do protagonista, desde a circunstância de pré-morte até sua consolidação, para se compreender como a prosa de Guimarães Rosa transita de uma discussão local para uma global, quando aborda medos e anseios humanos.
PALAVRAS-CHAVE: Catolicismo popular. Jagunçagem. Sagarana. Reflexão filosófica.
ABSTRACT: This study aims to establish a study about the short story "The time and the turn of Augusto Matraga" discussion how Guimarães Rosa, recreating the brazilian perspective of popular Catholicism, reinvents the philosophical relationship between man and religiont is studied the existential development of Nho Augusto, his status as violent and impetuous man, to a new situation of religious and resigned personality as Augusto Matraga. Thus, this article focuses on analyzing how the protagonist will gradually disengaging from Northeastern honor codes to incorporate a universal philosophical stance on the relationship between life and death in human history. The foundation of this article is the popular belief that the time of death may be "the time and the turn" of redemption for a man, being approached as the climax of the story and renewal of the character. It is intended, therefore, to verify the existential transformation trajectory of the protagonist from the fact of his pre-death until his consolidation to understand how the prose of Guimaraes Rosa transitions from a local discussion to a global one, when approaching human fears and yearnings.
KEYWORDS: Popular Catholicism. Jagunçagem. Sagarana. Philosophical reflection.
Downloads
Referências
BÍBLIA. Português. Bíblia Sagrada.. Rio de Janeiro: 1980. Edição Ecumênica.
CANDIDO, Antonio. No grande sertão. In: CANDIDO, Antonio. Textos de Intervenção. São Paulo: Editora 34, 2002.
HOBSBAWM, Eric. Bandidos. São Paulo: Ed Paz e Terra, 2010.
MORENTE, Manuel Garcia. Fundamentos de Filosofia. São Paulo: Editora Mestre Jou, 1980.
NUNES, Benedito. A Rosa que é de Rosa: literatura e filosofia. Riode Janeiro: Organização Victor Sales Pinheiro, 2010.
REIS, João José. A morte é uma festa: ritos fúnebres e revolta popular no Brasil do século XIX. São Paulo: Cia. das Letras, 1991.
ROSA, Guimarães. Sagarana. São Paulo: Editora Record, 1984.
VASCONCELOS, Sandra Guardini Teixeira. Homens provisórios: coronelismo e jagunçagem em Grande Sertão Veredas. Scripta, Belo Horizonte, v. 5, n. 10, p. 321-333, 2002.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os(as) autores(as) mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons BY-NC-ND 4.0 International, o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista, desde que não seja para uso comercial e sem derivações.
b) Os(as) autores(as) têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
d) Os(as) autores(as) dos trabalhos aprovados autorizam a revista a, após a publicação, ceder seu conteúdo para reprodução em indexadores de conteúdo, bibliotecas virtuais e similares.
e) Os(as) autores(as) assumem que os textos submetidos à publicação são de sua criação original, responsabilizando-se inteiramente por seu conteúdo em caso de eventual impugnação por parte de terceiros.