O GLOBO DA MORTE DE TUDO: TRANSITORIEDADE, EXCESSO, RUÍNA
DEATH GLOBE OF ALL THINGS: TRANSITORITY, EXCESS, RUIN
Resumo
RESUMO: O presente artigo tem como objeto a obra de Nuno Ramos e Eduardo Climachauska intitulada “O globo da morte de tudo”, buscando aferir nessa obra e, extensivamente, na produção de Nuno Ramos, as implicações daquilo que Julia Studart propõe como “forma fraca”, ou seja, uma performance com o instável, a fragilidade, o espaço entre. Explora-se, nessa busca, a ideia de série, com a coleção de objetos afetivos coletados para a exposição/destruição, formando o que chamamos de barbárie criativa, atribuindo à arte uma noção cara de inutensílio, que abre caminhos para fora das relações meramente mercantis e objetificantes do humano. Auxilia nessa reflexão a discussão em torno das ruínas, que convocam uma memória social crítica do progresso.
PALAVRAS-CHAVE: Arte. Utilidade. Ruína.
ABSTRACT: This article’s object of analysis is Nuno Ramos and Educardo Climachauska’s “O globo da morte de tudo” (“Death globe of all things”). It intends to check in this work and, extensively, in Nuno Ramos’ production, the implications of what Julia Studart names “weak form”, meaning, a performance with the unstable, the frailty, the space between. This paper explores the idea of series, with a collection of objects of affectivity collected for exposition/destruction, forming what we would call a creative barbarity, assigning to art an aspect of uselessness that makes it possible to think the human relations without it’s mercantile connotation. It is important, for this discussion, to think about the ruins, because they evoke a social memory that represents a critique of progress.
KEYWORDS: Art. Utility. Ruin.
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Referências
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