Apresentação
DOI:
https://doi.org/10.51951/ti.v10i20Resumo
Apresentação
O grande pensador Joseph Campbell disse, no seu livro As transformações do mito através do tempo, que o material do mito é o material da nossa vida, do nosso corpo e do nosso meio ambiente. A edição da Revista Travessias Interativas de 2020/01, com o seu dossiê acerca do Mito e da Literatura, traz grandes contribuições para lidarmos com temas cada vez mais prementes numa época de insensatez e insensibilidade.
As simbologias míticas e literárias aqui analisadas são representações simbólicas para repensarmos o momento, enfrentarmos as sombras da atualidade e enriquecermos nossas interpretações do mundo.
O dossiê apresenta textos como MARLOWE, GOETHE, ŠVANKMAJER: TRÊS FACES DO MITO DE FAUSTO E SUA RELAÇÃO COM A MODERNIDADE, para refletirmos acerca da construção do individualismo moderno e das transformações da sociedade capitalista no início do século XIX.
O artigo MITO E FICÇÃO DO ARQUIVO NA NARRATIVA HISPANO-AMERICANA: UM RECURSO AOS PASSOS PERDIDOS DE CARPENTIER, nos remete ao universo da literatura latino-americana, à relação de Carpentier com o mito através de um instigante escopo teórico que inclui o já citado Campbell, Eliade, além de Michel Foucault e outros importantes pensadores.
A relação entre mito e teoria literária é fundamental, como nos apresenta o artigo MITODOLOGIA, MITOPOESIA E SUA CONTRIBUIÇÃO COM A TEORIA LITERÁRIA. Também se considerarmos, por exemplo, a jornada do herói na construção do herói moderno, conforme a clássica interpretação do herói de mil faces, como no caso do artigo NADA SEM HÉRCULES: OS MODELOS DE HÉRCULES EM APOLÔNIO DE RODES, VALÉRIO FLACO, VIRGÍLIO E LUCANO, também na intersecção entre o mito de Narciso e a autoficção (vide MITO E AUTOFICÇÃO: A DEFESA DE NARCISO) ou, ainda, se pensarmos em como o mito pode estruturar e impulsionar a narrativa, como é analisada no texto CAMINHOS DO MITO DE BENZAITEN NO TEATRO JAPONÊS.
O mito como estrutura universal está presente ao longo dos séculos em diferentes culturas, como nos mostra O PRIMEIRO RASTRO DA FILHA DE ÉDIPO NA DRAMATURGIA BRASILEIRA: A ANTÍGONA (1916), DE CARLOS MAUL, reescrita mitológica que foi encenada em 1916 no Theatro da Natureza, construído na Praça da República, na então capital do Brasil, Rio de Janeiro.
Prof. Dr. Matheus Marques Nunes (UNIP)
Profa. Dra. Ana Maria Leal Cardoso (UFS)
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