PERCEPÇÕES DE GRADUANDOS DAS CIÊNCIAS HUMANAS SOBRE PRÁTICAS ACADÊMICAS DE LEITURA E ESCRITA NO REGIME LETIVO REMOTO
DOI:
https://doi.org/10.51951/ti.v11i24Palavras-chave:
Letramentos acadêmicos, Hiperdigitalização, Regime letivo remotoResumo
Nas novas circunstâncias impostas pelo contexto pandêmico, este trabalho visou investigar a percepção de estudantes de Letras e Pedagogia, por meio de questionário on-line, sobre as interferências da hiperdigitalização das práticas pedagógicas em seu letramento acadêmico. Analisaram-se os dados à luz da abordagem dos Novos Estudos do Letramento (STREET, 2009; LEA; STREET, 2006; ASSIS, 2014; CURRY; LILLIS, 2014 e outros). 87% atestam que o regime letivo remoto (RLR) afetou negativamente suas práticas de leitura e escrita, por fatores diversos: ergonômicos (excesso de horas diante do computador); gestão do tempo (carga elevada de leituras, tarefas, avaliações), ambientais (barulho, falta de recursos) ou pessoais (ansiedade, depressão, desmotivação geral). Na leitura, gêneros academicamente priorizados (artigos e resenhas) são considerados os mais problemáticos (teóricos e extensos, linguagem rebuscada). Na escrita, os tidos como mais complexos foram a monografia (graduação da Pedagogia) e o artigo acadêmico, por aspectos temáticos e composicionais. Tecnologias ora são facilitadoras, ora causadoras de cansaço e dispersão. Conclui-se que o “usuário” das potencialidades das tecnologias tem dificuldade em tornar-se “sujeito da linguagem” nas novas práticas de letramento (o que não exclui os docentes). Evidenciou-se a relativização do valor das tecnologias e estratégias adotadas pelos graduandos para sobreviver a este momento de formação inicial mediatizada
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