Museologia social e museus universitários
uma experiência de ensino, pesquisa e extensão com os Kamayurá
DOI:
https://doi.org/10.33467/conci.v7i.22275Palavras-chave:
Mediação intercultural, Museologia social, Museus universitáriosResumo
Este artigo relata a realização de um processo museológico social, envolvendo ensino, pesquisa e extensão em um museu universitário. Aborda-se a questão da Museologia social como campo que opera com a memória e o patrimônio numa linha de transformação social, com base em ações que promovem a cidadania e o protagonismo social dos sujeitos envolvidos. Considera-se que o desenvolvimento sustentável é complexo e precisa incluir nas suas propostas aspectos memoriais e patrimoniais das comunidades. Discute-se ainda que as universidades têm um compromisso com a realização de estudos e projetos interdisciplinares de intervenção social. Para tanto, apresenta-se uma experiência articulada no âmbito da Universidade Federal da Bahia que contemplou ensino, pesquisa e extensão de maneira integrada com o grupo indígena Kamayurá. Conclui-se com a ideia de que a realização de experiências museais com os grupos originários enriquecem os processos de proteção, investigação e comunicação museológica, numa linha de mão dupla tanto nas instituições museais convencionais como nos espaços das populações originárias.
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