Sobre a Revista

Foco e escopo

Crítica Historiográfica (ISSN 2764-2666) publica resenhas de livros, resenhas de dossiês de artigos e artigos de revisão, frutos de reflexão, investigação, comunicação e/ou consumo da escrita da História.

A resenha de livro é um gênero textual e epistêmico clássico, enquanto a resenha de dossiê de artigos representa um gênero em desenvolvimento. Dossiês são conjuntos de textos acadêmicos focados em um mesmo tema ou questão propostos por uma revista. Cada artigo é avaliado individualmente, por pares, mas o conjunto, quando publicado, não passa por uma avaliação sistemática, embora se assemelhe a uma coletânea de livro. Crítica Historiográfica preenche essa lacuna.

O artigo de revisão é um texto acadêmico que analisa, organiza e interpreta criticamente a produção científica existente sobre um determinado problema de pesquisa. Seu objetivo é identificar avanços, lacunas, tendências e controvérsias no campo estudado. Pode adotar abordagens descritivas, analíticas ou teórico-interpretativas e, nesta revista, tomar a forma de revisão de escopo ou exploratória, revisão do estado da arte ou meta revisão.

A revista cumpre o objetivo de fomentar a cultura de avaliação da escrita da História, promovendo o diálogo entre autores, avaliadores e leitores, abrindo espaço para réplicas.

A revista valoriza o gênero textual da resenha como instrumento de comunicação científica, defendendo sua inclusão como produto intelectual na Plataforma Lattes e no Sistema de Coletas da Capes.

Crítica Historiográfica publica, em média, treze trabalhos por volume bimestral, escritos por doutores(as), doutorandos(as), mestres(as), mestrandos(as), especialistas e graduandos(as).

O periódico é um empreendimento mantido por um consórcio de grupos de pesquisa ligados a instituições públicas de ensino superior: a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), a Universidade Federal de Sergipe (UFS) e a Universidade Regional do Cariri (URCA).

Processo de avaliação pelos pares

Todos os textos submetidas à revista passam pela avaliação de dois pareceristas com titulação mínima de doutor. Caso haja um parecer desfavorável, o texto é encaminhado a um terceiro parecerista, que pode não ser membro do Comitê Editorial. Durante todo o processo de avaliação, o anonimato de autores e pareceristas é garantido.

O Comitê Editorial atua como grupo avaliador e é formado por professores doutores de diversas áreas acadêmicas, abrangendo domínios identificados pelas expressões “História e...”, “História de...”, “...de História” ou “... histórico(a)”, independentemente da formação inicial ou pós-graduação em História. Trata-se de um grupo permanente de trabalho, familiarizado com os critérios de avaliação estabelecidos pela revista.

Periodicidade

Crítica Historiográfica circula seis vezes por ano.

Idiomas

Crítica Historiográfica aceita resenhas em português, espanhol, inglês, francês e italiano.

Acesso aberto livre

Crítica Historiográfica oferece acesso livre e imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de democratização do conhecimento científico por meio da disponibilização gratuita ao público, seguindo prescrições do DOAJ.

Publicação gratuita

A revista não cobra taxas de publicação ou de processamento de artigos.

Arquivamento

O conteúdo de Crítica Historiográfica está armazenado em servidores da Universidade Federal de Sergipe.

Política sobre o uso de modelos de Inteligência Artificial

A Revista Crítica Historiográfica adota (desde março de 2023), de forma consciente, crítica e transparente, o uso de ferramentas de Inteligência Artificial (IA) como apoio ao seu processo editorial, reconhecendo o potencial dessa tecnologia para qualificar a produção, a revisão e a disseminação do conhecimento historiográfico.

Compreendida como tecnologia de linguagem avançada, exemplificada recentemente por modelos como o Chat GPT, a IA vem sendo empregada pela equipe editorial em diferentes etapas do processo de editoração da revista. Sua utilização abrange a sugestão de correções gramaticais e estilísticas em textos submetidos (resenhas e artigos de revisão), a revisão de traduções de resumos, a formulação de sugestões de títulos e palavras-chave, bem como a produção de imagens, como aquelas utilizadas nos editoriais. A IA também é empregada no processamento de dados brutos coletados em bases públicas, auxiliando na leitura, organização e interpretação de quadros, tabelas e estatísticas relativas à produção bibliográfica brasileira, e viabilizando a elaboração de relatórios descritivos claros, objetivos e sistemáticos publicados, por exemplo, na seção “Informação Bibliográfica” da revista.

O uso de tecnologias de IA, contudo, não se restringe às tarefas editoriais internas. A revista reconhece que tais ferramentas podem e devem ser empregadas, de modo criterioso, por autores e leitores, especialmente na elaboração das duas modalidades de textos priorizadas pela publicação: a resenha crítica e o artigo de revisão.

Na produção de resenhas, sobretudo por estudantes em formação, a IA pode contribuir como apoio inicial à estruturação do gênero, a partir das informações disponíveis em títulos, prefácios, sumários e introduções das obras analisadas. Também pode oferecer feedback lógico e argumentativo sobre o texto redigido, identificando lacunas, incongruências e falácias, promovendo, assim, o desenvolvimento da autonomia do autor em conformidade com os parâmetros do campo historiográfico. Além disso, a IA pode ser utilizada como ferramenta de revisão estilística e gramatical, apoiando-se em ciclos iterativos de comandos e correções, que ampliam a capacidade do autor em elaborar hipóteses e formular perguntas mais precisas sobre o próprio texto.

Na elaboração de artigos de revisão, a IA pode ser mobilizada para sugerir problemas e questões de pesquisa, hipóteses preliminares, objetivos, fontes possíveis, referências bibliográficas relevantes e métodos de análise. Também pode colaborar na leitura e interpretação de textos, na comparação entre argumentos, na identificação de convergências e divergências, e na estruturação dos elementos retóricos do artigo, como plano de redação, organização de parágrafos, elaboração de conclusões e justificativas. Ademais, a IA pode contribuir na produção de resumos, palavras-chave, abstracts, keywords, além de materiais auxiliares como releases, postagens para redes sociais, e propostas de transposição didática ou artística do conhecimento produzido.

É condição indispensável, no entanto, que o uso de ferramentas de Inteligência Artificial seja conduzido por autores devidamente formados ou em formação acadêmica, capazes de avaliar criticamente as sugestões geradas, de modo a garantir a coerência argumentativa e a fidelidade epistêmica do conteúdo. Entende-se que o conhecimento científico é uma construção coletiva, provisória e dependente de evidências rigorosamente justificadas e validadas por pares, razão pela qual o uso da IA deve permanecer subordinado a essas premissas.

A Revista Crítica Historiográfica não aceita a designação de autoria, seja do texto principal ou das fontes analisadas, atribuída a modelos de Inteligência Artificial. Dessa forma, é vedada a submissão de resenhas ou artigos de revisão que indiquem a IA como autora ou coautora. Quando empregadas, as ferramentas de IA deverão ser explicitamente referidas na seção de metodologia ou em nota de rodapé, com indicação precisa de sua função como meio de pesquisa, em qualquer de suas modalidades: método, técnica, estratégia, instrumento, ferramenta ou recurso auxiliar.

Esta política está alinhada com as diretrizes internacionais mais recentes no campo das Ciências Humanas e Sociais e visa preservar os princípios de autoria responsável, rigor metodológico e ética acadêmica. A equipe editorial agradece a confiança de seus leitores e colaboradores, e os convida a explorar, com consciência crítica e criatividade científica, as possibilidades que a tecnologia oferece para o fortalecimento da historiografia.

Direitos autorais

Os autores que publicam em Crítica Historiográfica concordam com a distribuição, remixagem, adaptação e criação a partir dos seus textos, mesmo para fins comerciais, desde que sejam garantidos os devidos créditos pelas criações originais. (Licença Creative Commons CC BY-SA).