A CIBERCULTURA E OS MOOCS: ANÁLISE DA INTERAÇÃO DOS ALUNOS EM DUAS EXPERIÊNCIAS NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.29276/redapeci.2013.13.21688.200-215Resumo
O objetivo deste trabalho foi analisar como ocorre a interação dos alunos de dois Massive Open Online Courses (MOOCs), no original, (ou Cursos Massivos Abertos Online), organizados por pesquisadores de duas universidades brasileiras no ano de 2013. A análise guiou-se por formulações conceituais originárias do arcabouço teórico da cibercultura e do Conectivismo, particularmente no que se refere à construção autoral de saberes em rede como novas práticas de aprendizagem. A análise indicou que participantes dos MOOCs se sentiam inseguros e requeriam atividades mais estruturadas dentro destes ambientes. Estas requisições eram frequentes e demonstram que para muitos usuários o MOOC se constitui como um curso nos moldes dos processos de ensino e de aprendizagem verificados na escola, onde há um polo emissor – o professor – ensinando a um polo receptor – o aluno. Essas ocorrências limitaram as interações e se constituíram no contexto de MOOCs que, por sua vez, também se organizaram a partir de princípios da educação tradicional, com estruturas curriculares e atividades previamente definidas, o que possui relação com a atuação menos autoral e mais passiva dos alunos no processo de aprendizagem. Novos estudos poderão apontar as razões das ocorrências documentadas neste trabalho.
Palavras-chave: Educação a distância. MOOCs. Cibercultura. Interação.