Jogos digitais e pesquisa: o desafio de romper o estigma do mal
DOI:
https://doi.org/10.29276/redapeci.2017.17.036488.100-109Resumo
Os jogos digitais são sempre responsabilizados por atos hediondos ou comportamentos julgados inadequados. Tais estigmas povoam o imaginário de pais e professores que adotam posturas reservadas em relação a pesquisas e práticas pedagógicas mediadas por estes artefatos. Estes comportamentos dificultam a realização das investigações, já que os pais e responsáveis não se sentem muitas vezes a vontade para autorizar a participação dos seus filhos nas investigações. Por outro lado, pesquisas que partem do pressuposto de que vão ao espaço empírico apenas para coletar dados, compreendendo que os sujeitos são meros informantes do processo, também são equivocadas. Assim, o presente artigo tem o objetivo de discutir a importância dos procedimentos éticos que valorizam e dão voz aos sujeitos da investigação, no caso aqui, as crianças, compartilhando as dificuldades encontradas para participação dos pais e crianças em uma investigação mediada pelos jogos em uma Escola Municipal em Salvador e apontando possibilidades para superar estes obstáculos.
Palavras-chave – Comitê de Ética – Jogos Digitais – Escuta sensível
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