O que o caso paradigmático do “sangue Yanomami” tem a dizer sobre o processo formativo do investigador social
DOI:
https://doi.org/10.29276/redapeci.2017.17.037099.122-128Resumo
O presente artigo visa discutir sobre a dimensão ética no processo de formação do pesquisador em antropologia tomando como foco o caso emblemático do “sangue dos Yanomami”. A luta da comunidade indígena pelo resgate das amostras de sangue retiradas em prol de um estudo biogenético realizado por pesquisadores estadunidenses põe em debate os limites do fazer científico frente a cosmologia particular desses povos. A situação paradigmática pinta com cores fortes dilemas que circundam o fazer etnográfico no que tange a relação dos envolvidos na pesquisa social. De uma forma geral, as investigações em ciências sociais pressupõem contatos diretos, mais próximos, experiências que deverão inevitavelmente afetar os sujeitos que as realizam. Como promover uma reflexão dos formandos sobre as implicações morais no campo das investigações nas ciências sociais? Tal questionamento tem levantado um debate sobre a utilização de procedimentos e protocolos éticos adotados no trabalho de campo que se encaminha para a elaboração de diretrizes e normatizações cada vez mais atentas as condições contemporâneas da pesquisa.
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Referências
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