Educação Permanente em Saúde no Brasil na modalidade EAD: produção científica em periódicos

Autores

  • Maria Ligia Rangel Santos Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia
  • Natália Ramos Universidade Aberta, Lisboa, Portugal
  • Giovanna Santana Queiroz Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB)

DOI:

https://doi.org/10.29276/redapeci.2017.17.037168.61-75

Resumo

Ações educativas para trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil devem se basear na Educação Permanente em Saúde (EPS), com vistas a colocar o trabalho como centro do processo ensino-aprendizagem. O Ministério da Saúde, em 2010, cria o Sistema UNA-SUS para ampliar a EPS, incorporando novas tecnologias educacionais a distância (EAD). Este trabalho objetiva analisar a produção científica brasileira publicada em periódicos sobre a EPS na modalidade EAD no SUS, no período de 1999 a 2015, através de um estudo exploratório e descritivo e de revisão crítica da literatura científica, identificada mediante buscas na base de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Portal CAPES. Os resultados apontam o crescimento do número de publicações ao longo dos anos, embora seja escassa a publicação científica sobre a EaD na área da saúde. Os estudos na área da saúde não parecem sintonizados com o extenso debate que ocorre na área de educação acerca da educação a distância, principalmente a partir da utilização das novas tecnologias de informação e comunicação (TICs) na EaD, evidenciado a partir da fragilidade da sua produção científica. 

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Biografia do Autor

Maria Ligia Rangel Santos, Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia

Professora Associada do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Fderal da Bahia (ISC/UFBA), graduada em Medicina por esta Universidade (1976),  Especialista em Tisipneumologia Sanitária pela USP (1983), (Mestrado em Saúde Comunitária (1993), Doutorado em Saúde Pública (2001). Desenvole atividades de ensino, pesquisa e extensão com ênfase nas áreas de Educação e Comunicação em Saúde. Professora do quadro permanente do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva do ISC/UFBA. Desenvolve projetos de pesqusia sobre tecnologias de Comunicação e Educação a Distância.

 

Natália Ramos, Universidade Aberta, Lisboa, Portugal

Doutorada e Pós-Doutorada em Psicologia Clínica e Intercultural, Universidade de Paris V, Sorbonne, onde é igualmente especializada em Aconselhamento Psicológico. Formação especializada em Antropologia Fílmica pela Escola Prática de altos Estudos, Paris, Sorbonne. Psicóloga. Professora Associada da Universidade Aberta, Lisboa, Portugal. Organizadora e Diretora do Mestrado em Comunicação em Saúde da Universidade Aberta (1997-2011). Coordenadora Científica do Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais-CEMRI, Universidade Aberta, Lisboa, Portugal, onde é Investigadora Responsável do Grupo de Investigação: Saúde, Cultura e Desenvolvimento.

Giovanna Santana Queiroz, Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB)

Farmacêutica, Especialista em Assistência Farmacêutica, Mestre em Saúde Comunitária ISC-UFBA. Servidora da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB), atuando no Núcleo Regional de Saúde Nordeste. Foi assessora técnica na Diretoria de Assistência Farmacêutica, na Superintendência de Assistência Farmacêutica Ciência e Tecnologias em Saúde e na Superintendência de Atenção Integral à Saúde da SESAB. 

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Publicado

2017-12-19