Direito à cidade
as memórias do Recife em contos de Clarice Lispector
DOI:
https://doi.org/10.47250/forident.v39n2.p115-125Palavras-chave:
Jusliteratura. Estética da recepção. Direito e Literatura.Resumo
As nuances da cidade reverberaram tanto no agir social de Clarice Lispector quanto em sua produção literária, sobretudo nos denominados “contos de memória” (Gotlib, 1995, p. 81), como as narrativas “Cem anos de perdão” e “Felicidade clandestina”, ambas publicadas no livro Felicidade clandestina (1971). Delas, é possível extrair representações da cidade do Recife durante meados do século XX, bem como da Infância simples da escritora-cidadã. Destarte, o presente trabalho visa relacionar os contos citados com o conceito de “direito à cidade”, proposto por Henri Lefebvre. Para tanto, adotar-se-á a estética da recepção e uma mediação jusliterária, com o objetivo de compreender como as narrativas de memória de Clarice percebem a crise do espaço urbano tradicional e de que modo se vinculam com os anseios de novas formas sociais de construção da cidade em conexão com a arte. A metodologia utilizada é a qualitativa de caráter fenomenológico, ancorada na pesquisa bibliográfica.
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