O direito contado em Terras do sem-fim, de Jorge Amado

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47250/forident.v39n2.p127-138

Palavras-chave:

O direito na literatura. François Ost. Ciclo do Cacau. Questões Agrárias.

Resumo

O trabalho realiza uma análise Interpretativa de Terras do sem-fim, de Jorge Amado (1943), no qual emergem questões agrárias seculares, confrontando-as com o contexto do ciclo do cacau. O estudo demarca os sujeitos beneficiados por uma concepção de direito à terra fundada no coronelismo. Recorre-se à proposta de François Ost (2004), em que o autor defende que o direito contado, encenado na literatura, contribui para a Interpretação do direito. Na imersão no particular como caminho mais curto para o universal, conclui-se que o romance expõe um cenário regulado por uma determinada concepção de direito no pós-abolição. A narrativa denuncia as Interdições à posse secular como forma jurídica de acesso ao direito de propriedade, por critérios étnico-raciais, assim como exerce funções Instituintes, ou seja, estimula a criação de imaginários de significações sócio-históricas novas, reparatórias e restitutivas da escravidão.

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Biografia do Autor

Sara da Nova Quadros Côrtes, Universidade Federal da Bahia - UFBA

Pós-doutoranda no PPGEL/UNEB. Professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Márcia Rios da Silva, Universidade do Estado da Bahia - UNEB

Professora doutora do PPGEL/UNEB.

Referências

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Publicado

2024-08-12

Como Citar

CÔRTES, Sara da Nova Quadros; SILVA, Márcia Rios da. O direito contado em Terras do sem-fim, de Jorge Amado. Revista Fórum Identidades, Itabaiana-SE, v. 39, n. 2, p. 127–138, 2024. DOI: 10.47250/forident.v39n2.p127-138. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/forumidentidades/article/view/v39n2p127. Acesso em: 31 out. 2024.

Edição

Seção

Seção Livre