SYSTEME ALIMENTAIRE ET POLITIQUES AGRAIRES A L’OMBRE DES POMMIERS-CAJOU: LES DYNAMIQUES AGRAIRES ET ALIMENTAIRES LIEES A L’ANACARDIER DANS LE NORDESTE DU BRESIL (SISTEMA ALIMENTAR E POLÍTICA AGRÁRIA NAS SOMBRAS DOS CAJUEIROS: AS DINÂMICAS AGRÁRIAS E ALIMENTARES LIGADAS AO CAJUEIRO NO NORDESTE DO BRASIL)
DOI:
https://doi.org/10.33360/RGN.2318-2695.2019.i2especial.p.6-19Resumo
RÉSUMÉ:
Le cajou (Anacardium occidentale) est traditionnellement consommé et produit dans le Nordeste du Brésil. Nous cherchons à comprendre le passage d’une espèce localisée à une espèce globalisée, les impacts sur les systèmes de production et de consommation de ses dérivés tant dans les recettes que dans le paysage. Nous explorons d’abord le développement de la sphère industrielle et du système de production régional, ensuite la manière dont le cajou est investi dans les mémoires, le territoire et les savoirs locaux associés, enfin nous voyons comment la valorisation économique du cajou peut permettre sa revalorisation auprès des communautés locales favorisant une nouvelle sécurité alimentaire et économique. La méthodologie associe étude bibliographique, observations et entretiens informels dans le cadre de la préparation d’un projet de recherche de terrain en anthropologie.
Mots-clef : Pommier-cajou, cajou, systèmes agricoles, alimentation, valorisation économique.
RESUMO:
O caju (Anacardium occidentale) é tradicionalmente consumido e produzido na região do Nordeste do Brasil. Este artigo tem o objetivo de trazer o entendimento sobre a passagem dessa espécie de localizada à globalizada bem como os impactos nos sistemas de produção e de consumo dos seus derivados tanto nas receitas como nas paisagens. Primeiramente exploramos o desenvolvimento do setor industrial e do sistema de produção regional, depois a maneira como o caju está comprometido nas memórias, no território, e nos saberes locais associados, finalizando com uma reflexão de como a valorização econômica do caju pode permitir a sua revalorização nas comunidades locais, favorecendo uma nova seguridade alimentar e econômica. A metodologia associa pesquisa bibliográfica, observações e entrevistas informais no âmbito da preparação de um projeto de pesquisa antropológica.
Palavras-chave: Cajueiro, caju, sistemas agrícolas, alimentação, valorização econômica.
Downloads
Referências
BIBLIOGRAPHIE
ALEXANDRE, F. O cajueiro (Anacardium occidentale L.): de símbolo da cultura nordestina a arvore testemunha da mundialização da economia e dos modos de vida. Revista do Instituto Arqueológico, Historico e Geográfico Pernambucano. 2013. P. 13-42.
APPADURAI, A. Gastro-Politics in Hindu South Asia Source. American Ethnologist. Symbolism and Cognition. Vol.8, n.3, 1981. P. 494-511.
BARROS, de Moura L. PAIVA, Rodrigues J. CAVALCANTI, V. Recursos genéticos de cajueiro : situação atual e estratégias para o futuro. in Queiroz, Goedert, Ramos (ed). Recursos genéticos e melhoramento de plantas para o Nordeste brasileiro. Embrapa Semiárido, 1999.
CAVIGNAC, J. SILVA, D. DANTAS, M. I. MACÊDO, Muirakytan de, K. O Seridó nas panelas: história, organização social e sistema alimentar. In: Woortman, Cavignac (Org.). Ensaios sobre a Antropologia da alimentação: saberes, dinâmicas e patrimônios. Natal: EDUFRN, Brasília: ABA, 2016.
CASCUDO, da Câmara L. Historia da alimentação no Brasil. 3ème ed., Global. Sao Paulo, 2004.
CASCUDO, da Câmara L. Dicionário do folclore brasileiro. 2ème ed., Instituto Nacional do Livro/MEC. Rio de Janeiro, 1962.
COSTA, Gonzaga Araújo L. ARAÚJO, Medeiros de R. Cadeia produtiva da cajucultura do RN: Um Estudo de Caso de Serra do Mel no Universo das Redes Sociais, do Nacional ao Local. UNOPAR Cient., Ciênc. Jurdi. Empres. Londrina, Vol.15, n.1, 2014. P. 71-81.
DE SUREMAIN, C. KATZ, E. Introduction : modèles alimentaires et recompositions sociales en Amérique latine. Anthropology of food. S4, 2008.
DOUGLAS, M. Les structures du culinaire. Communications, La nourriture. Pour une anthropologie bioculturelle de l’alimentation. n. 31, 1979. p. 145-170
FERRÃO, Mendes J. Le Voyage des Plantes et les Grandes Découvertes. Chandeigne. Paris, 2015.
FISCHLER, C. L’Homnivore. Éditions Odile Jacob. Paris, 2001.
FREYRE, G. Terres de Sucre. Trad : Orecchioni, J. Quai Voltaire. Paris, 1992.
GUERRA, Galhardo Aguirres J. Identidade indígena no Rio Grande do Norte, Caminhos e descaminhos dos Mendonça do Amarelão. Dissertação (Mestrado), Universidade Federal de Pernambuco, CFCH, Programa de Pós-Graduação em Antropologia. Recife, 2007.
MEDEIROS, Franco Trindade M. ALBUQUERQUE, U. Food flora in 17th century Northeast region of Brazil in Historia Naturalis Brasiliae. Journal of Ethnobiology and Ethnomedicine. 2014.
MENEZES, Mendonça de Souza S. Comida de ontem, comida de hoje. O que mudou na alimentação das comunidades tradicionais sertanejas?. Revista OLAM. Vol. 13, n. 2, 2013.p. 1-28.
MOREIRA, Augusto Padre A. O cajueiro, vida usa e estórias. A. A. Moreira. Fortaleza, 2002.
MOTA, M. O cajueiro nordestino. Ministério da educação e da cultura, Serviço de documentação. Rio de Janeiro, 1956.
PINTO, E. Os indígenas do Nordeste. Companhia Editora Nacional. Sao Paulo, 1935.
VASCONCELOS, Padre S. Chrônica da Companhia de Jesus do Estado do Brasil {1663}. Antônio José Fernandes Lages. Lisboa, 1865.
VIDAL, M. de F. Situação da cajucultura nordestina após a seca. Caderno Setorial ETENE. n. 4, 2016.
WADDINGTON, Telles Ribeiro M. Da embriaguez à sobriedade: a história da cajuína e a modernização do Piauí .in: Woortman, Cavignac (Org.). Ensaios sobre a Antropologia da alimentação: saberes, dinâmicas e patrimônios. Natal : EDUFRN, Brasília: ABA, 2016.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Attribution-NonCommercial 4.0 International (CC BY-NC 4.0)
Você é livre para:
- Compartilhar - copiar e redistribuir o material em qualquer meio ou formato
- Adaptar - transformar e construir sobre o material
- O licenciante não pode revogar essas liberdades desde que você siga os termos da licença.
Sob os seguintes termos:
Atribuição - Você deve dar crédito apropriado , fornecer um link para a licença e indicar se as alterações foram feitas . Você pode fazê-lo de forma razoável, mas não de forma que sugira que o licenciante o respalda ou o seu uso.
Não Comercial - Você não pode usar o material para fins comerciais .
- Não há restrições adicionais - Você não pode aplicar termos legais ou medidas tecnológicas que restringem legalmente os outros de fazer qualquer coisa que a licença permita.