O LOCATIVO NI NA FALA SERGIPANA: UMA INTERPRETAÇÃO À LUZ DO CONTATO DE LÍNGUAS
Resumo
o presente trabalho analisa o uso do ni como locativo (contração da preposição também locativa em) na fala sergipana. A análise foi baseada em dados linguísticos coletados na capital e em diferentes municípios do estado, e segue a teoria do contato de línguas. Desta maneira, é abordada também a questão da ‘deriva linguística x crioulização’ na formação do português vernáculo do Brasil e como o estudo de fenômenos linguísticos específicos, como o emprego do ni locativo, podem oferecer argumentos úteis para tal debate. Os fatores que se destacaram na investigação é que o ni tem sua provável origem nos locativos de línguas Bantu e aparentemente é um fenômeno da fala de zonas rurais que se propagou para a zona urbana e a capital de Sergipe.