A LINGUAGEM NULA: UMA LEITURA FILOSÓFICA DA POESIA DE SARA SÍNTIQUE
DOI:
https://doi.org/10.47250/intrell.v35i1.15699Resumo
Com o objetivo de iluminar a obra da jovem poeta cearense Sara Síntique, autora dos livros Corpo Nulo (2015) e Água ou Testamento Lírico a Dias Escassos (2019), apropriamo-nos da perspectiva fenomenológica de Gaston Bachelard sobre as propriedades poéticas da água (1942), assim como das reflexões que Maurice Blanchot (1959) delineia a partir de uma genealogia da linguagem poética nula. Ressaltamos em nossa leitura o apreço simbólico da autora por imagens e reflexos que irmanam a palavra poética ao corpo feminino, destacando o caráter metalinguístico de sua produção, autocentrada em uma busca primeira pela neutralidade da linguagem.
PALAVRAS-CHAVE: Poesia Brasileira Contemporânea. Autoria Feminina. Literatura e Filosofia. Fenomenologia da Água. Sara Síntique.
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Referências
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