RAUL BOPP E CLARICE LISPECTOR: A PRESENÇA DO MITO NO MODERNISMO BRASILEIRO
DOI:
https://doi.org/10.47250/intrell.v38i1.p41-51Palavras-chave:
Modernismo, Literatura, Mito, SerpenteResumo
O Modernismo foi um movimento revolucionário, de natureza internacional, que se instalou como símbolo importante para a criação artístico-literária. No Brasil, teve seu início com a Semana de Arte Moderna (1922), em que surgem obras que oscilam na sensibilidade da transição, muitas vezes conservando forças que persistem do passado e as que brotam do novo presente, inaugurando uma nova forma de representar as diversas culturas. O mito, instrumento de estruturação da narrativa, tornou-se próprio da estética modernista; neste sentido busca-se mostrar, neste artigo, como ocorre o processo de remitologização da serpente nas obras Cobra Norato e Perto do coração selvagem, a partir dos estudos de renomados pesquisadores tais como Elieser Mielietinski, Gilbert Durand, Carl Jung, entre outros, que defendem ser o mito a matéria basilar da criação.
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Referências
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