OS MACOBEBAS E O MACUNAÍMA DE JOAQUIM CARDOZO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47250/intrell.v38i1.p131-142

Palavras-chave:

Joaquim Cardozo, Macobeba, Macunaíma, Refiguração

Resumo

Na peça “Marechal, boi de carro” (1975), Joaquim Cardozo apresenta a localidade de Muribeca completamente destruída pelos macobebas, seres caracterizados, principalmente, pelo seu caráter destrutivo. Dessa maneira, o monstro Macobeba, personagem originalmente criado por Júlio Bello, dá origem a um grupo de criaturas, sem que o seu criador seja sequer mencionado na trama – diferentemente do que acontece com Macunaíma. Na mesma peça, ao contar uma cena de convívio com este, um personagem fala que ele era o mesmo do livro de Mário de Andrade. Assim, contrastaremos aqui o modo como Macobeba e Macunaíma, figuras centrais do Modernismo brasileiro, são refigurados na peça, bem como refletiremos acerca das diferenças nos modos de reelaboração dos mesmos. Para realizar tal análise, um estudo comparativo entre os personagens mencionados, mobilizaremos conceitos que compõem uma reflexão contemporânea sobre o estudo das personagens, como, por exemplo, o conceito de refiguração, tal como concebido por Carlos Reis.

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Biografia do Autor

Thayane Verçosa, Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

Doutoranda em Literatura Brasileira na UERJ, bolsista da CAPES.

Referências

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Publicado

2022-12-14

Como Citar

VERÇOSA, Thayane. OS MACOBEBAS E O MACUNAÍMA DE JOAQUIM CARDOZO. Interdisciplinar - Revista de Estudos em Língua e Literatura, São Cristóvão-SE, v. 38, n. 1, p. 131–142, 2022. DOI: 10.47250/intrell.v38i1.p131-142. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/interdisciplinar/article/view/18433. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

As intersecções estéticas do modernismo brasileiro