A CONCEPÇÃO MONSTRUOSA E IMAGETICA DE MAURICE SENDAK
Resumo
Este estudo propõe explorar a construção simbólica e imagética presentes nos monstros concebidos por Maurice Sendak no seu livro Onde vivem os monstros (2009). Conforme essa perspectiva, podemos verificar nesta obra inteiramente infantil um diálogo com os monstros clássicos de nossa história da imagem e nossas familiares concepções mitológicas. Junto da expressão do selvagem, que demarca o espaço onírico e imaginário da aventura do menino Max, há uma jornada do “eu” assim como a fuga para dentro desse espaço subjetivo, necessário para lidar com seus sentimentos intensos de ira, voracidade e com os medos mais profundos que povoam a infância como. Desenvolvimentos teóricos, principalmente, apoiados nos estudos de Bruno Bettelheim (1980), Marie-Louise Von Franz (1985) e John Cech (1995).