Transantropologia
cenas de ontografias poéticas para uma travessia
DOI:
https://doi.org/10.47250/intrell.v43i1.p87-101Palavras-chave:
Transescrita. Transantropologia. Literatura Brasileira. Modos de existir.Resumo
A transescrita é evocada como uma forma de tecer outros modos de se relacionar, outras perspectivas, outros modos de existência. Dessa maneira, o presente trabalho objetiva analisar como a transescrita visceral de Atena Beauvoir em seus “Contos Transantropológicos” (2018) evoca retratos ontológicos de produção de vida, modalidades outras de existência, visto que, para ela, a cisgeneridade é o sujeito-cogito do humano sartreano; a transgeneridade é este outro: a segunda humanidade. Ao problematizar os conceitos de quem somos e quem são os outros, a escritora revisa a ideia de outridade enquanto torna a fabulação e a imaginação ferramentas importantes para a definição do real e para a construção de mundos outros possíveis.
Submissão: 05 jun. 2025 ⊶ Aceite: 08 set. 2025
Downloads
Referências
BEAUVOIR, Atena. Contos transantropológicos. Porto Alegre: Editora Taverna, 2018a. 174p.
BEAUVOIR, Atena. Literatura, poesia e transantropologia. [Entrevista concedida a] Newton Silva. Programa Papo Selfie, #5, Porto Alegre, 12 set. 2018b. 1 vídeo (6min 57). Youtube. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=YIJhQtesqrk. Acesso em: 20 jul. 2025.
BUTLER, Judith. Relatar a si mesmo: crítica da violência ética. Tradução: Rogério Bettoni. Belo Horizonte: Autêntica, 2015. 198p.
CAMUS, Albert. O mito de Sísifo. Tradução: Ari Roitman e Paulina Watch. Rio de Janeiro: Record, 2018. 160p.
LEAL, Abigail Campos. Ex/orbitâncias: os caminhos da deserção de gênero. São Paulo: GLAC Edições, 2021a. 216p
LEAL, Abigail Campos. Os sopros da res: o problema do sufocamento na ontologia colonial y a imaginação radical preta. Kuir, Berlin, 2021b. Disponível em: https://www.kuirpoetry.com/articles/the-sights-of-res-the-problem-of-suffocation-in-colonial-ontology-and-the-black-radical-imagination. Acesso em: 15 jul. 2025.
LEAL, Dodi. Performatividade transgênera: equações poéticas de reconhecimento recíproco na recepção teatral. São Paulo: Hucitec, 2021. 303p.
MOMBAÇA, Jota. Facas para uma travessia. [entrevista concedida ao] Grupo de pesquisa e extensão África nas Artes (CAHL/UFRB). Conferência Ecos do Atlântico Sul, Salvador/Ba, 24 abr. 2018, 5 vídeos (média de 06min por vídeo). Disponível em: https://www.youtube.com/playlist?list=PLDROBbUuWit1u1fbJWK63_NGEfD_2ZPav. Acesso em: 08 jun. 2025.
MOMBAÇA, Jota. Não vão nos matar agora. Rio de Janeiro: Cobogó, 2021. 144p.
QUEBRADA, Linn da. Fissura. ABEBE: Caixa Pretas, Série Pandemia. São Paulo: N-1 Edições, 2021a. 42p.
SEABRA, carú de Paula. Ynunda(ção): (um conjuro). Uberlândia: O sexo da palavra, 2022. 88p.
SEGATO, Rita. La guerra contra las mujeres. Madrid: Traficantes de Sueños, 2016. 220p.
SHOCK, Susi. Crianzas. Buenos Aires: Muchas Nueces, 2016. 60p.
SHOCK, Susi. Hojarascas. Buenos Aires: Muchas Nueces, 2017. 32p.
VALENCIA, Sayak. Capitalismo gore. Barcelona: Melusina, 2010. 238p.
VILLADA, Camila Sosa. Con mis cuentos Intento demonstrar de qué clase de veneno está hecha mi escritura. [Entrevista concedida a] Rebeca Yanke. El Mundo – diário online, sección literatura, Madrid, 14 mar. 2022. Disponível em: https://amp.elmundo.es/cultura/literatura/2022/03/14/622df86521efa0671c8b4578.html. Acesso em: 15 jul. 2025.
WAYAR, Marlene. Travesti: una teoría lo suficiente buena. Buenos Aires: Muchas Nueces, 2018. 128p.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Interdisciplinar - Revista de Estudos em Língua e Literatura

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.















