Transantropologia

cenas de ontografias poéticas para uma travessia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47250/intrell.v43i1.p87-101

Palavras-chave:

Transescrita. Transantropologia. Literatura Brasileira. Modos de existir.

Resumo

A transescrita é evocada como uma forma de tecer outros modos de se relacionar, outras perspectivas, outros modos de existência. Dessa maneira, o presente trabalho objetiva analisar como a transescrita visceral de Atena Beauvoir em seus “Contos Transantropológicos” (2018) evoca retratos ontológicos de produção de vida, modalidades outras de existência, visto que, para ela, a cisgeneridade é o sujeito-cogito do humano sartreano; a transgeneridade é este outro: a segunda humanidade. Ao problematizar os conceitos de quem somos e quem são os outros, a escritora revisa a ideia de outridade enquanto torna a fabulação e a imaginação ferramentas importantes para a definição do real e para a construção de mundos outros possíveis.

Submissão: 05 jun. 2025 ⊶ Aceite: 08 set. 2025

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Biografia do Autor

Manuela Rodrigues Santos, Instituto Federal de Sergipe - IF/São Cristóvão

Professora de Língua Portuguesa e suas Respectivas Literaturas do Instituto Federal de Sergipe, Campus São Cristóvão.

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Publicado

2025-10-14

Como Citar

SANTOS, Manuela Rodrigues. Transantropologia: cenas de ontografias poéticas para uma travessia. Interdisciplinar - Revista de Estudos em Língua e Literatura, São Cristóvão-SE, v. 43, n. 1, p. 87–101, 2025. DOI: 10.47250/intrell.v43i1.p87-101. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/interdisciplinar/article/view/v43p87. Acesso em: 18 nov. 2025.

Edição

Seção

Estudos comparados: leituras e traduções das subjetividades identitárias