Os paradoxos do sense e os objetos impossíveis: Deleuze, entre Russell e Meinong.

Álex Deiwison Fiel de Andrade Cândido

DFL - UFS


Resumo

Bertrand Russell, em seu ensaio "On Denoting" (1905), apresenta pela primeira vez a sua teoria das descrições definidas, com o objetivo de resolver certos problemas no âmbito da filosofia da linguagem e da ontologia relacionados à referência de objetos não-existentes. Os problemas envolvem o salto da referência para uma afirmação ontológica do objeto individual. Se eu posso me referir a um determinado objeto ‘A’, de modo que consigo predicar dele, como dizer que ele não existe absolutamente? O filósofo austríaco Alexius Meinong, anteriormente à Russell, aceitara que todos os objetos, mesmo os contraditórios, tem alguma espécie de "peso ontológico", de tal modo que caso não houvessem, não poderiam ser predicados. Russell, tentando evitar assumir a existência de quimeras, dá a solução oferecida pela teoria das descrições definidas, que propõe uma análise lógica das sentenças que possuem uma descrição definida, que é indicada por um artigo definido. A análise mostra que a sentença, na verdade, comporta uma conjunção de três sentenças, das quais uma admite a existência do ente ao qual o sujeito gramatical se refere.

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