É PELA BELEZA QUE SE VAI À LIBERDADE: O POTENCIAL LIBERTADOR DO ESTADO DE DETERMINABILIDADE DA MENTE NA EDUCAÇÃO ESTÉTICA DE SCHILLER
Anna Clara Carvalho
PPGF-UFS/IFBA Santo Amaro
Resumo
Resumo: O problema que será apresentado aqui diz respeito à liberdade, mais precisamente, como a educação estética proposta por Schiller é capaz de libertar. O filósofo alemão encontrou na beleza a solução para os problemas morais que circundavam a modernidade, acreditando que eventos como a Revolução Francesa eram a prova de que os indivíduos não eram livres para
agir, pois eles eram determinados por seus impulsos sensíveis ou racionais. A ética só se estabeleceria no momento em que o ser humano fosse livre e, para atingir essa liberdade, ele precisaria atingir seu estado de determinabilidade, isto é, um estado livre de todas e quaisquer determinações, um estado de equilíbrio dos impulsos, isento de coerções morais ou físicas. Na beleza, mais precisamente na educação estética, Schiller encontrou a “arma” para combater esse mal, pois, segundo ele, as belas-artes eram a única ferramenta capaz de proporcionar o estado de determinabilidade ao ser humano, o qual se equivale ao estado estético. O que se pretende aqui é demonstrar como as belas-artes remetem o ser humano ao estado estético e lhe permite a plena liberdade. Para tal, buscou-se analisar o texto A educação estética do homem: numa série de cartas de Schiller, recorrendo também a alguns de seus comentadores, para auxiliar na compreensão do texto principal.
Palavras-chave: Educação Estética. Beleza. Determinabilidade. Liberdade. Schiller.