A LIBERDADE COMO GRATUIDADE DA EXPERIÊNCIA ESTÉTICA: APROXIMAÇÕES ENTRE SCHILLER E SARTRE
Dálete O’Hana dos Santos Santana
PPGF-UFS/IFBA Santo Amaro
Resumo
Resumo: O problema da relação sujeito/liberdade não se encerra e, ao tentar solucioná-lo, foram trilhados diversos caminhos. Dentre eles, há quem considere que a arte é chave para resolver as mazelas da sociedade provenientes deste conflito. Partindo desse pressuposto, o presente trabalho procura ressaltar a importância da experiência estética na vida dos seres humanos, uma vez que é, em tal dimensão, que reside a possibilidade da liberdade, seja está coletiva ou individual. Para tal, relacionou-se o pensamento de dois filósofos importantes na esfera estética, que, mesmo estando situados em um distinto campo espaço-temporal, tentam salvar o mundo por meio da arte, a saber, o alemão Friedrich Schiller (1759 – 1805) e o francês Jean-Paul Sartre (1905 – 1980). Por conseguinte, fez-se necessário investigar como ambos pensavam a experiência estética e qual percurso feito por cada um para defender a ideia de que arte é fruto de uma atividade criadora livre e que, por assim ser, possibilita a liberdade. A aproximação entre Schiller e Sartre é justamente a liberdade como gratuidade da arte, pois se, para Schiller, a bela arte faz com que o indivíduo passe da determinação à determinabilidade, e encontre-se livre; para Sartre, a arte não significante suscita a imaginação de tal modo que o exercício da liberdade se amplia fazendo com que o sujeito tenha consciência de sua liberdade. Em ambos, a arte liberta o homem das determinações do mundo real, o leva ao ilimitado e o faz criar novos mundos.
Palavras-chave: Schiller; Sartre; experiência estética; liberdade.