EPISTEMOLOGIA INVERTIDA

Breno R. G. Santos

UFMT


Resumo

Resumo: Na contramão dos pressupostos idealizados da epistemologia tradicional, que tem o caráter individual e socialmente ascético da produção de conhecimento como foco de análise e teorização, a epistemologia social, a partir de suas vertentes políticas e aplicadas, tem se ocupado de desmistificar as práticas de produção, manutenção e transmissão de conhecimento
a partir da avaliação dos fatores sociopolíticos que operam nas práticas epistemológicas reais e que muitas vezes são dominantes ao ponto de bloquearem a própria produção de conhecimento. Neste trabalho, me ocuparei de apresentar um desses ramos críticos da epistemologia social não-ideal, que tem a cognição social real como foco de análise. Em especial, olharei para a noção de ignorância, como ela surge e se desenvolve na teoria do conhecimento contemporânea, e discutirei tanto suas raízes teóricas na filosofia política radical quanto o seu papel na explicação do que alguns autores e autoras têm compreendido como mecanismos sociopolíticos de produção de epistemologias invertidas, de modos de cognição social
defeituosos, sustentados por estruturas de dominação e que retroalimentam tais estruturas.
Palavras-chave: Epistemologia invertida; Ignorância; Ideologia; Conhecimento.

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