MARX: UMA CRÍTICA MATERIALISTA À RELIGIÃO

Carlos Alberto Nunes Júnior


Resumo

A Religião, na sociedade capitalista, se desenvolve através da assimilação e reprodução dos interesses e características das relações sociais que constituem o modo de produção capitalista, ou seja, ela deixa de servir ao seu “Deus celestial” o substituindo por interesses políticos e econômicos, ao mesmo tempo em que o modo de produção capitalista se apropria de elementos religiosos para poder perpetuar-se. Ambos, religião e capitalismo, utilizam da alienação e do fetichismo como ferramentas. Esse movimento duplo nos evidencia que a religião é um sintoma para podermos compreender e desmistificar o Capitalismo. Identificaremos à crítica marxiana a religião entendendo que as diversas religiões diferem somente de modo aparente, pois essencialmente possuem o mesmo núcleo, ou seja, cada religião tem dogmas específicos, creem em deuses distintos, consequentemente as mais variadas formas de culto, se assemelhando enquanto busca de respostas transcendentes, o mistério e a mistificação, para problemas imanentes, assim como tem em comum o fato de canalizar os sentimentos religiosos dos que acreditam em um mesmo sentido.

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