EXPOSIÇÃO DE DEUS ANTES DO ESPÍRITO FINITO UMA VEZ MAIS A RELAÇÃO ENTRE CIÊNCIA DA LÓGICA E FENOMENOLOGIA DO ESPÍRITO

Arthur Grupillo Chagas

UFS/CNPq


Resumo

Resumo: Se, em Hegel, por um lado, a natureza não constitui um verdadeiro estorvo ao desenvolvimento do espírito, mas antes também a sua ocasião, por outro lado é imperioso demarcar obstáculos encontrados, justamente, numa investigação sobre os momentos de contingência contra os quais a lógica de Hegel estaria inevitavelmente represada. Tal questionamento logra partir do clássico problema da relação entre a lógica, ciência que supostamente consuma o saber absoluto, e a fenomenologia do espírito, experiência vivida e narrada da consciência até o conceito deste saber. Comparando interpretações que diagnosticaram o mesmo problema, não é possível encontrar outra saída, se não interrogar a própria ideia de que o projeto moderno possa ser radicalizado. Contingências demasiadas se impõem entre o sujeito que filosofa e tudo que ele tenta examinar e repor criticamente. Resiste ainda a religião? Prossegue ainda, mesmo nos termos filosóficos de uma intuição intelectual? As desilusões com a filosofia de Hegel são também desilusões com o conceito de uma modernidade absolutamente crítica e autofundamentada. Se é neste sentido que persistem a natureza e a matéria, para os jovens hegelianos, também é neste sentido que a religião recupera, pelo menos em parte, a importância aparentemente perdida.
Palavras-chave: Hegel; Ciência da Lógica; religião; Fenomenologia do Espírito.

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