MATTHIAS LUTZ-BACHMANN E A RELIGIÃO SEGUNDO A DIALÉTICA DO ILUMINISMO

Autores

  • Everaldo Vanderlei de Oliveira UFS/CNPq

Resumo

Resumo: É precisamente como rompimento com a crítica tradicional da religião, especialmente a hegeliana-marxista, que Matthias Lutz-Bachmann defende a tese de que a Dialética do Iluminismo, de Horkheimer e Adorno, opera uma verdadeira “virada na filosofia da religião” na filosofia do século XX. Partindo do texto de Horkheimer “Pensamento sobre religião”, o autor identifica ali um conceito de Deus como “protesto”, uma ideia de justiça plena como “crítica ao existente”, como “rebelião contra a efetividade”, expressão que ressalta o pano de fundo hegeliano. Contudo, a perspectiva ali ainda é a de uma esperada construção de relações sociais e políticas mais justas pela luta do movimento operário. Uma Dialética do Iluminismo se impõe como necessária em virtude do fracasso do movimento operário e da depravação do socialismo de Estado, além, é claro, dos horrores totalitários, sem esquecer a dominação anônima das sociedades liberais. Aqui, os autores se afastam da crítica da ideologia e retornam a Hegel de maneira insuspeitada, pelo menos quanto ao método: a crítica do Iluminismo tem de
vir de dentro, não de uma ideia mítica de religião, que reitere o poder da natureza; antes, tem de vir de um conceito prático de religião, como momento interno e negação determinada do Iluminismo. Este conceito os autores encontram na religião judaica.
Palavras-chave: Adorno; Horkheimer; Dialética do Iluminismo; Religião.

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Publicado

2021-11-24