A PRESENÇA FEMININA ENTRE PROFESSORXS DE FILOSOFIA DO INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS
Ellen Maianne Santos Melo Ramalho
IFAL - Campus Arapiraca
Resumo
Este trabalho tem o intuito de responder à seguinte questão: qual o espaço ocupado pelas mulheres enquanto professoras da disciplina de Filosofia no âmbito do Instituto Federal de Alagoas? Os objetivos visados nesta pesquisa são: identificar o quantitativo de mulheres que atuam como professoras de Filosofia no IFAL; realizar um levantamento sobre o número de mulheres que concorrem a uma vaga de professora de Filosofia no IFAL, comparando com o número de concorrentes do sexo masculino e apresentar considerações de autorxs sobre a temática da presença feminina na filosofia e na ciência. Como metodologia, utilizamos a pesquisa bibliográfica, tendo como principais fontes artigos da filósofa Marcia Tiburi (tais como: “As mulheres e a filosofia como ciência do esquecimento” e “Há um sentido no feminismo filosófico?”) e o livro “Quem tem medo do feminismo negro?”, de Djamila Ribeiro. Também utilizamos a pesquisa documental, investigando, nos documentos institucionais, as informações sobre os concursos realizados na última década. Foi necessário também recorrer à ouvidoria do IFAL, a fim de obter informações não encontradas nos meios de divulgação do órgão institucional responsável pela realização dos concursos públicos para provimentos de cargos de professorxs (COPEMA). Chegamos à conclusão de que as mulheres ocupam apenas 14,2% dos cargos de professorxs de Filosofia do IFAL. A baixa presença das mulheres na Filosofia também é refletida na baixa quantidade de mulheres que concorrem a um cargo de professora de Filosofia nos concursos públicos para professorxs efetivos do IFAL. Fazendo uma média aritmética, considerando a quantidade de pessoas inscritas em todos os concursos, apenas 26,6% dxs candidatxs são do sexo feminino. Desta forma, evidencia-se a ínfima presença feminina no espaço acadêmico da Filosofia, tornando necessário o estudo sobre esta temática.