PRESSUPOSTOS PARA UMA FILOSOFIA E UMA TEOLOGIA DO ACONTECIMENTO

José Antonio S. de Oliveira

PPGF-UFS


Resumo

Buscando compreender em que medida Deus e Acontecimento estão no limiar de uma teologia débil, que é, antes de mais nada, um recurso interpretativo que John D. Caputo utiliza para estabelecer a noção de debilidade de Deus como Anarquia Sagrada que, ao contrário das metafísicas fundacionistas, se pauta numa experiência abissal da liberdade. Religião não é questão de verdade ou falsidade, é de experiência, de acontecimentos. Não se pode compreendê-la se eliminarmos os corpos, a subjetividade e tudo que deles derivam. Depois da morte de Deus, o que dizer? É no diálogo com G. Vattimo que Caputo abre novas perspectivas em relação a Deus e a religião depois da crise deflagrada por Nietzsche. É preciso falar do encontro indesejado entre filosofia e teologia. A morte de Deus é a morte do centro absoluto, do ser soberano e onipotente. A partir do diálogo com Vattimo, Caputo elabora uma teologia desconstrutivista, o que para o filósofo não é uma teologia negativa, mas um modo de interpretar e de se relacionar com os textos sagrados. Os conceitos de desconstrução e de pensamento débil, caros a Gianni Vattimo, são de suma importância para o desenrolar dos conceitos filosóficos de acontecimento, debilidade de Deus e de anarquia sagrada.

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