VIOLÊNCIA E REVOLUÇÃO EM HANNAH ARENDT E A ABRANGÊNCIA DE UMA TEORIA DA AÇÃO

Uilder do Espírito Santo Celestino

PPGF-UFS


Resumo

O presente artigo apresenta as categorias arendtianas de “violência” e “revolução” relacionadas com sua teoria da ação humana e investiga a abrangência dessas categorias. Para alcançar este objetivo, desenvolvemos um método de leitura e investigação denominado “nos passos de Hannah Arendt”, constituído a partir de três características pertencentes à pensadora: 1) que a teoria da ação humana e um de seus desdobramentos, a teoria política, prevalecem sobre a filosofia; 2) que o pensamento arendtiano pretende ser livre da tradição ocidental, mas isto não significou inverter a tradição, cunhar outra tradição ou reduzir a tradição a nada. Tratava-se do “pensar sem corrimão” (Denken ohne Geländer), quando as “grades” compõem a imagem da tradição junto com a tentativa de expressar formas livres da tradição e; 3) que tal escritura é o elemento que permite entender a experiência da autora como uma experiência de pensamento. Ao afirmar a abrangência da teoria, admitimos uma possibilidade de desterritorialização, mas mantemos o esforço de apresentá-la em seu território vislumbrando o efeito utópico próprio da desterritorialização, o qual já se encontra iniciado na crítica de Habermas (2011) acerca do poder em Hannah Arendt.

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