CRÍTICA DECOLONIAL EM DUSSEL, CLASTRES E GUATTARI
Edilene Nunes Soares Santos
PPGF-UFS
Resumo
Este trabalho pretende investigar a questão do subalterno e do colonizador, na perspectiva da Filosofia da Libertação, e, da diferença, As perspectivas dos autores aqui discutidas são complementares e visam, portanto, escapar da constante ameaça do sistema colonizador capitalista como modo de vida das civilizações. E mostram como o ego (europeu) capta a força vital de culturas como a América Latina, que sobreviveram ao colonizador e ainda são excluídas, desprezadas, oprimidas e ignoradas pelo etnocentrismo. Além disso, os autores Clastres, Dussel e Guattari, constroem um diagnóstico da modernidade e seu modo de produção social, compartilhando um espírito crítico que vê um potencial transformador do ser humano por meio de subjetividades marginalizadas. Buscamos, portanto, apresentar uma síntese dos três autores para discutir formas de assumir um papel libertador e integral para o ser humano (uma dimensão ético-política), enfatizando que a liberdade deve estar dissociada de um caráter "utilitário" e deve se voltar para o própria realidade do subalterno (não do seu colono), possibilitando assim, como máquina de guerra, uma luta primordial contínua para potencializar a sensibilidade das subjetividades marginalizadas, portanto, uma filosofia do Sul para o Sul.