SOBRE A EXISTÊNCIA DE DEUS: QUESTÕES PROPEDÊUTICAS
Antunes Ferreira da Silva
UFCG
Resumo
As questões centrais e introdutórias acerca da existência de uma divindade, o que o
mundo ocidental costumou chamar Deus, são o principal conteúdo deste texto. O objetivo da
comunicação é apresentar a parte propedêutica da pesquisa que estou desenvolvendo sobre o
ateísmo no organismo filosófico de Arthur Schopenhauer na pós-graduação em Filosofia
(doutorado) pela UFS. O problema aqui abordado destrincha-se em dois: se deus existe e sobre
como podemos entendê-lo ou, consequentemente, defini-lo (existindo ou não). Paira sobre esta
questão uma imensa dificuldade com a sua definição real, ao que sugerimos a busca tão somente
por sua definição nominal. Sobre sua definição, parte-se dos quatro principais modos de definir
a divindade estabelecidos durante a história da filosofia ocidental: a) deus enquanto causa do
mundo, b) deus e sua relação com a ordem moral, c) deus em relação consigo e d) deus em sua
relação com a humanidade. Sobre as provas acerca de sua existência, parte-se das provas
igualmente racionalizadas pela história da filosofia ocidental: a) ontológica, b) cosmológica e
c) físico-teológica. Por se tratarem de questões propedêuticas, difíceis de responder e cujas
respostas, por vezes, podem soar bastante incertas, este texto estabelece (ou tenta) um ponto de
partida que seria a definição, ao menos nominal, do que seria deus para, só depois, analisar a
possibilidade (ou impossibilidade) de sua existência.