A LÓGICA NO ENSINO MÉDIO
Felipe Roque dos Santos
UFRB
Resumo
O presente artigo tem por escopo o relato da aplicabilidade da lógica para alunos do ensino médio, uma vez que o programa de bolsa e iniciação à docência (PIBID) permite a imersão do graduando nos espaços laborais da área. Bem se sabe, que a lógica aristotélica apesar de sua funcionalidade é um assunto denso para explicação apenas teórica. Com base nisto, foi pensando como seria possível levar o entendimento do assunto aos alunos sem que se tornasse algo maçante, ou confuso. Este questionamento nos fez refletir sobre a prática pedagógica mais adequada a especificada da turma, a escola de aplicação deste projeto foi à escola estadual de Milagres, localizada na Bahia na região do vale do Jiquiriça. A partir de aulas ministrada na universidade (UFRB), foi mostrado algumas obras cinematográficas que mostra como os professores podem de maneira leve introduzir os assuntos densos, obras como sociedade dos poetas mortos, a língua da mariposa, o sorriso da Monalisa, dentre outros serviram como um guia para despertar o senso imaginativo dos graduandos. Pautados nisto, é tomando como referencial Paulo Freire, o qual diz que “a educação deve ser entendida como uma forma de intervenção no mundo” (pedagogia da autonomia 1996). Nesta mesma obra, o patrono nos diz que a prática educativa deve ser pautada em uma reflexão que possua estética e ética, tendo em vista tais orientações juntamente com o coordenador pensamos então em produzir um simulado de um júri. Em um primeiro momento parece difícil aplicar lógica em um simulado, mas com a orientação do professor Alex, aplicamos a teoria em sala de aula, explicando sobre a definição aristotélica de um silogismo procurando dar ênfase às falácias. Então, após está breve discussão sobre a lógica propomos o júri, o qual muito entusiasmou a turma definimos então o tema do júri “O caso ainda em aberto do incêndio da boate Kiss”, este caso foi de repercussão nacional devido à fatalidade que deixou 242 mortos e 636 feridos, o caso ocorreu na madrugada de 27 de janeiro de 2013 na cidade de Santa Maria. Vale ressaltar, que para além da teoria tornou-se possível à aplicação pragmática da lógica, pois a utilização das falácias ou percepção de falas falaciosa nas construções argumentativa deixou o debate intenso. Poderia me atrever a dizer que se este caso fosse julgado pelos alunos já teríamos sentenciado os culpados, mesmo sem o conhecimento do direito penal através do uso da lógica aplicada à essas aulas performáticas os alunos conseguirem de maneira assertiva entender o conceito básico da lógica. E para, além disto, pelos próprios relatos dos alunos os mesmos passaram a identificar falácias, e o uso da lógica no seu cotidiano. Bem sabemos que a lógica é muito mais do que falácias, mas através da apresentação do silogismo e das falácias introduzimos de maneira performática uma iniciação a lógica, pois muitos dos alunos após este breve contato se sentiram encorajado a conhecer melhor a lógica aristotélica e até a estudar mais profundamente a filosofia.
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Biografia do Autor
Felipe Roque dos Santos, UFRB
Graduando em Filosofia (Licenciatura) pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.