O IMPACTO DO PIBID NA FORMAÇÃO DE FUTUROS PROFESSORES: A SENSIBILIZAÇÃO DE TAIS PROFISSIONAIS DENTRO DA SALA DE AULA

Maria Clara Sales Oliveira


Resumo

O presente resumo trata-se de um relato de experiência que objetiva expor minha observação como participante no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), apresentar algumas atividades realizadas dentro da sala de aula, bem como a relevância das mesmas para a minha formação em licenciatura em filosofia. Dito isso, tornouse possível vivenciar momentos, atividades, apresentações de seminários, debates, café filosófico e exposição de uma diversidade de opiniões. Para, além disso, pude trabalhar juntamente com professores, elaborei dinâmicas e consegui compreender o cotidiano dos alunos tais quais fui capaz de acompanhar, especificamente, alunos do 3° ano do ensino médio no Colégio Estadual de Milagres (CEM), localizado na cidade de Milagres/Ba. O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência é um programa que oferece bolsas de iniciação à docência aos alunos de cursos de licenciatura com o objetivo de proporcionar uma “aproximação prática com o cotidiano das escolas públicas de educação básica e com o contexto em que elas estão inseridas.” (Capes, 2020) Como mencionado anteriormente, dentre tais vivências ressalto o II Café Filosófico: “papo de estética e cultura da identidade afro brasileira”, que foi uma atividade totalmente desenvolvida pelos pibidanos juntamente com o nosso supervisor (Professor Alequissandro Costa) e os alunos do CEM. A proposta do II Café Filosófico foi justamente abordar a conscientização no mês da consciência negra sendo que a filosofia me levou ao centro do debate criando em mim uma nova perspectiva de mundo. Feito esse movimento, eu adquiri um vasto conhecimento acerca do “que é” ser negro dentro de espaços sociais e como esse fator interfere diretamente nas pessoas dentro de uma sociedade tão preconceituosa. Gostaria de voltar minha atenção para a fala de uma aluna que foi convidada ao debate, no qual a mesma expôs relatos da sua própria vivência cotidianamente e, como ela consegue expressar o que sente através da arte do desenho. O meio tal qual a aluna estava inserida, a fazia sofrer algumas discriminações em relação ao seu estereótipo principalmente, seu cabelo. O fator que mais me chamou atenção foi de que a aluna usou como “subterfúgio” a arte visual-desenho tal quais sempre representam mulheres negras e o seu empoderamento. Pude dessa forma perceber a importância do incentivo às políticas públicas voltadas para o desenvolvimento dos jovens no meio artístico como forma de liberdade de expressão. A partir das observações realizadas nas turmas, nós (pibidanos) podemos vivenciar experiências de maneira mais intensa com os alunos, experiências essas que nos permitem desenvolver um olhar mais clínico dentro da sala de aula e entender como cada aluno se insere dentro da mesma.

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