PIBID E O ENSINO DE FILOSOFIA: UM ESTUDO CRÍTICO SOBRE OS IMPACTOS DO CAPITALISMO NA EDUCAÇÃO
Resumo
O presente trabalho procura refletir, por meio de uma relação na participação do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), as ponderações críticas do teórico educacional Michael W. Aplle acerca do problemática educacional numa sociedade capitalista. Em especial, refletir sobre a percepção da banalização do ensino da filosofia nesta sociedade, e em seguida, estabelecer objetivos claros para entender e enfrentar essa problemática. O ponto de partida dessa reflexão, ocorre no Centro Integrado Oscar Marinho Falcão – CIOMF, na cidade de Itabuna-Bahia, em séries do terceiro ano do Ensino Médio; supervisionado pelo professor Ítalo Costa, do componente curricular filosofia, e pela Coordenadora de área do Subprojeto de Filosofia da Universidade Estadual de Santa Cruz, Prof. Vanessa Lattanzi. Em específico, temos como objetivo neste trabalho, analisar nesse contexto contemporâneo do ensino de Filosofia e formação de professores, como a sociedade capitalista influência nas práticas do ensino filosófico, e como ela perpetua a banalização e o desinteresse no campo educacional, a exemplo, da desvalorização do ensino encontra-se no novo ensino médio, proposto pela BNCC, que não descarta totalmente a filosofia, entretanto não garante sua permanência. Desse modo, sustentamos que o impacto das práticas do PIBID no ensino da filosofia, observando como a formação inicial de professores auxilia na permanência e interesse dos discentes pela área e suas práticas, pode contribuir para uma resistência a esse processo de desvalorização. Em geral, nosso objetivo se assenta nessa perspectiva. As práticas do PIBID podem ser essenciais para mudar esse quadro, pois oferecem oportunidades para repensar e reestruturar a abordagem pedagógica desse campo. O teórico educacional Michael W. Apple tem uma visão crítica acerca da sociedade e suas influencias na educação, onde ele critica a padronização do currículo, que tem forte ligação com a economia, que acaba por perpetuar as ideias capitalistas, negando os alunos como indivíduos e os tornando apenas mão de obra para o sistema, através do conhecimento tecnicista. Tendo a experiência de observação em sala de aula através do PIBID, pode-se ver de perto como essa forma de currículo educacional impacta diretamente no ensino da filosofia, pois esta não é considerada importante pelo sistema quando não vai formar nova mão de obra para o mercado de trabalho. A metodologia usada para este estudo foi a observação em sala de aula e também analise e estudo de textos do teórico Apple. Leva-se em consideração que esta analise fornecerá uma melhor compreensão das práticas do PIBID no ensino da filosofia, bem como ideias sobre como essas práticas podem ser usadas para abordar os desafios educacionais apontados por Apple em sociedades capitalistas modernas. Busca-se com este estudo, apontar as problemáticas envolvendo o ensino da filosofia, além de apontar soluções viáveis para este problema, fazendo com que o ensino filosófico deixe de ser desvalorizado na sociedade capitalista.
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