BASES FILOSÓFICAS PARA UMA EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UMA INTRODUÇÃO AO ECOFEMINISMO

Autores

  • Rebeca Paixão Barreto dos Santos

Resumo

Referenciando Bergson na Evolução criadora, no primeiro capítulo sobre a evolução da vida, mecanismo e finalidade. A existência é um mecanismo de mudança, sendo a mudança tempo e duração, logo “um eu que não muda, não dura”. Dessa forma, a finalidade da existência humana sendo constituída por mudança e tempo é uma constituição simultânea do passado, presente e futuro, portanto, para essa existência durar é preciso ter a mudança como finalidade, a mesma será possível com uma educação que exercite um olhar reflexivo sobre nossos próprios atos e atitudes com o meio que vivemos, em pró de uma valorização de questões sobre mundo, cultura e meio ambiente. Justamente pelo fato de que, a evolução humana precisa ter noção de si e do mundo que a cerca e questões passadas, presentes e futuras pois o meio ambiente somos nós e nosso tempo é especialista em criar ausências que nos afasta de nossas raízes, logo uma mudança no ato de refletir sobre o meio que vivemos é necessário. Sendo assim, menciona Bergson em seu texto A polidez, (1895, pg.5) “a polidez, sob todas suas formas – polidez de espírito, polidez das maneiras e polidez do coração –, nos introduz em uma república ideal”, ou seja, um mundo mais consciente e reflexivo de suas ações, que valorizes a vida em suas diversas formas como um motor que nos move. Continuamente, Daniela Rosendo, em seu livro ecofeminismos; fundamentos teóricos e práxis interseccionais, (2019, pg.24) menciona de forma muito assertiva. “O ecofeminismo é tanto um campo teórico de estudo quanto um movimento social que surgiu em resposta à degradação crescente do mundo natural” nós fazendo compreender questões desde a desvalorização da natureza até associação com a desvalorização das mulheres e animais. Podemos a partir disso, fazer uma reflexão ética de como desde a mitologia grega a visão feminina é sustentada e simbolizada por fragilidade, fertilidade, sensibilidade e entre outros fatores, que se repercute até nos dias atuais na sociedade patriarcal e machista, deixando às mulheres sempre à mercê dos homens. Além disso, Ailton Krenak, nos dias atuais nos faz entender essa distância criada sob essa estrutura social que afasta a humanidade da natureza, sendo elementos distintos quando na verdade ambos de maneira simultânea precisam existir para nossa sobrevivência. A partir de uma visão bergsoniana poderemos, comparar e analisar, questões filosóficas como um referencial, visando a importância da filosofia para um despertar crítico e reflexivo sobre questões sociais e ambientais. E dessa forma, visar que os jovens compreendam/visualizem a noção de meio ambiente associando a sua realidade e todos esses assuntos que englobam a existência humana. Mas também que possam refletir sobre o lugar que a mulher ocupa na sociedade e a necessidade de quebrar o ciclo vicioso de um pensamento único.

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Publicado

2024-07-22