A QUE SERVE A FORMAÇÃO DE PROFESSORES E O ENSINO DE FILOSOFIA? ENTRE AS REFORMAS NEOLIBERAIS E A EDUCAÇÃO PELA EMANCIPAÇÃO
Resumo
A reforma do Ensino Médio implantada pela Lei 13.415/2017 promoveu mudanças estruturais na Educação Básica e nos cursos de Licenciaturas universitários que precisaram reformular seus currículos para serem alinhados a BNC- Formação, atendendo aos princípios de formação da BNCC. Para o Ensino de Filosofia, além das cobranças direcionadas pelas políticas educacionais, veio a demanda dos graduandos e de professores da educação básica que almejam uma conexão maior entre essas duas etapas de ensino, buscando mudanças diversas no modo de formar professores de Filosofia. Visando contextualizar historicamente uma discussão não somente sobre o lugar da filosofia na sala de aula e a estrutura do currículo de formação dos profissionais, mas também sobre a função social do professor-filósofo, o presente estudo recorrerá à história do ensino de filosofia no Brasil, especificamente aos aspectos referentes à formação de professores. Tratar sobre “ensino de filosofia” e sua institucionalização é ter em consideração que sua submissão aos objetivos do Estado acarreta, em nosso entendimento, sua desfiguração para se adequar ao pressuposto pedagógico imposto por uma política estatal. Diante das demandas por estratégias de enfrentamentos para encararmos essas novas batalhas impostas aos envolvidos na lide educacional nos debruçamos sobre estratégias para a prática docente do ensino de Filosofia que mobilizem uma didática específica, para estabelecer estruturas curriculares consistentes e conscientes da concepção da relação do ensino de filosofia e sua função social. Este trabalho é uma reivindicação de professores, pela cidadania do ensino de Filosofia para que os ditames neoliberais que cercam a elaboração das políticas educacionais não nos sufoquem e nos tornem invisíveis perante normatividades que escamoteiam nossa singularidade. Será na luta pelo ensino de filosofia através do pressuposto pedagógico emancipador que contextualizamos seu compromisso social, político e singular com uma formação para a emancipação, que ao engajar seus conteúdos com a realidade reflete sobre as condições de vida social, contribui para o desenvolvimento intelectual e cultural dos docentes e discentes desejando dar relevância às práticas libertadoras. Ensinar filosofia como prática de liberdade é escapar do universalismo neutro que esconde ou neutraliza muitas formas de dominação. O sentido da liberdade aqui compreendido é o sentido de reinventar-se a partir da aposta da conscientização crítica, ou na desconstrução discursiva do sistema capitalista neoliberal que diante das condições de opressão usa a educação como veículo do exercício de poder.
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1. Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
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Proposta de Política para Periódicos que oferecem Acesso Livre Adiado
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