CINISMO E MARXISMO-LENINISMO: QUAL O MELHOR CAMINHO PARA DISPUTAR A ÉTICA HEGEMÔNICA?

Autores

  • Jacson Farias Rodrigues DFL-UFS

Resumo

O presente trabalho almeja estudar com um pouco mais de profundidade duas escolas éticas hoje minoritárias, que, por serem opostas à ética capitalista, podem disputar corações e mentes na atual quadra histórica, quais sejam: o cinismo e o marxismo- leninismo. Inicialmente, falaremos um pouco de cada corrente. Ao tratar do cinismo, o texto trará à baila sua figura mais emblemática na Grécia Antiga, qual seja: Diógenes, o cão. Pelo que se conta, Diógenes vivia em um barril na condição de verdadeiro maltrapilho, se colocando - tanto do ponto de vista da teoria, quanto da prática - à margem da sociedade. Ademais, a ética cínica de Diógenes é concebida como individual, eis que não busca uma articulação coletiva. Por outro lado, ao abordar o marxismo, o trabalho se debruçará sobre a interpretação da teoria de Karl Marx vivida e realizada por Vladimir Ilitch Ulianov (Lênin), eis que ele foi quem primeiro deu concretude ao marxismo. A ética marxista, ao contrário da ética cínica, é coletiva, pressupõe, portanto, a formação de um grupo, até porque o marxismo entende que para se fazer frente ao modo de produção dominante é necessário ter o apoio da maioria da sociedade, somente assim é possível fazer a disputa pela hegemonia do poder político. No aspecto histórico, o trabalho irá expor que não há dados de que Diógenes se organizou coletivamente e, muito menos, liderou qualquer levante contra “Alexandre – o Grande”, até porque sua ética sempre foi individual. Na outra ponta, Lênin enfrentou o bom combate, perdeu muitas vezes, ao final triunfou em outubro de 1917, tendo, por conta disso, a oportunidade de governar, mesmo que brevemente, o seu país. Após estabelecer relações entre as duas éticas minoritárias, o texto apontará qual a melhor ética para combater a atual ética do capital, qual corrente propicia o surgimento de uma forma de agir coletiva que coloque em primeiro plano o ser humano, ao contrário do proceder ordinário da ética capitalista, a qual coloca, no mais alto grau de valor dentro do sistema político-econômico-social, o lucro.

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Publicado

2025-01-29