THOREAU E A FILOSOFIA DA NATUREZA NO NOVO MUNDO

Autores

  • Douglas dos Santos Campos

Resumo

É evidente que, “ao longo da história do Ocidente, grandes legisladores, filósofos, cientistas e ecologistas já nos alertaram para a necessidade de mudar nossas políticas de proteção ambiental”. Consequentemente, com a produção de máquinas com a capacidade de causar grandes distúrbios socioecológicos em escala global, o século XXI tem se mostrado propício a novas fontes de investigação para cientistas, pesquisadores, sociedade civil e movimentos sociais dedicados a questões socioambientais. Entre tais pesquisadores, destaca-se o Prof. Dr. Evaldo Becker (1977-) que tem contribuído, de modo ativo, seja por meio de publicações (como no caso do livro Caleidoscópio: reflexões sobre ética e política, em 2021) seja organizando livros (como no caso do segundo volume da mesma série, intitulado Caleidoscópio II: reflexões sobre ética e política, em 2024). O Prof. Dr. Becker tem ressaltado a importância e, em cenários de profunda crise ambiental, a urgente necessidade de que a filosofia una as suas reflexões à ética ambiental. Assim, o objetivo desta comunicação será apresentar possíveis colaborações, diálogos e intersecções aos intentos do Prof. Dr. Becker. Essas colaborações perpassam as contribuições da corrente ecossocialista. O ecossocialismo é “um movimento anti-capitalista que une a luta ecológica a causa socialista”. O ecossocialismo, em sua profunda crítica ao modo de produção e reprodução da vida social capitalista (onde os valores de uso dos bens materiais são subordinados à sua dimensão de suporte de valor, expressas em valores de troca no mercado), oferece valiosos e positivos desdobramentos ao movimento ambientalista – tanto em sua faceta teórica quanto na prática social. Há, segundo a perspectiva ecossocialista, uma ruptura metabólica no modus operandi da sociedade capitalista. Segundo essa perspectiva, essa ruptura é causada pela apropriação, meramente mercantilizada da natureza, tratando-a e, consequentemente, trabalhando-a, como mero suporte de valor, um valor de troca. Por conseguinte, de acordo com os ecossocialistas, os distúrbios ambientais, em suas diferentes gravidades, são efeitos diretos e indeléveis do capitalismo.

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Publicado

2025-01-29