MODERNIDADE, RAÇA E COLONIALISMO
Resumo
Em um primeiro momento, o Prof. Saulo Henrique Souza Silva mostrará até que ponto o projeto filosófico desenvolvido por Locke, e por pensadores de seu círculo intelectual, foi desenvolvido como uma espécie de background intelectual para os interesses coloniais da Inglaterra na América. Para levar a cabo essa tarefa, discorreremos sobre como o círculo em que Locke estava envolvido desde que frequentou a Royal Society estava imbuído em conhecer as particularidades antropológicas e naturais do Novo Mundo, o modo com a literatura de viagem foi utilizada como fonte desses dados e a relação de Locke com o projeto colonial inglês. Os textos originais dos autores serão cotejados com dados da época e com a crítica pós-colonial que vem sendo desenvolvida sobre esse período da filosofia. Em seguida, o Prof. Marcos Balieiro partirá de algumas considerações sobre as bases filosóficas das concepções de raça no século XVIII para, a partir daí, detalhar a maneira como incidem nas concepções de David Hume sobre raça e, particularmente, na maneira como ele estabeleceu, naquela que passou a ser conhecida como “nota de rodapé infame”, sua concepção sobre povos negros. Então, evidenciar-se-á que, em que pesem as críticas de Hume ao sistema colonial, a maneira como ele discute o tráfico de escravos para as colônias americanas é, na melhor das hipóteses, ambígua, ainda que não esteja ligada, propriamente, às concepções do filósofo sobre raças.
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1. Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
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