IMORAL E SEM VERDADES: O ESPÍRITO LIVRE NIETZSCHIANO

Rogério Santos dos Prazeres

Universidade de Brasília

Palavras-chave: Moral, Verdade, Espirito Livre, Niilismo.


Resumo

Este texto visa explicitar uma crítica da moral basilarmente primada no valor da verdade, empreendida a partir de Friedrich Nietzsche. E como tal, trata-se de distinguir os desdobramentos de uma interpretação acerca do Espírito Livre cuja perspectiva imbrica vontade de potência e vontade de verdade. O intento é o de apresentar uma alternativa ao niilismo e à moral de rebanho. Com isso, o propósito está em considerar a ótica nietzschiana sob a existência livre, ou, mais especificamente, o condicionamento de servidão à vida humana. Não obstante, isso corresponde assegurar uma proposta de ética, que em Nietzsche é conjecturada invertida. Isto é, desde a refutação da moral e da verdade tradicionalmente concebidas. A ponto de se valorar a legitimação da independência dos impulsos e extintos para além dos discursos interpretados pelo humano. E que, por apreciação da perspectiva nietzschiana, por isso mesmo a moral deve ser desanexada de posturas dogmáticas ou impositivas.

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Biografia do Autor

Rogério Santos dos Prazeres, Universidade de Brasília

Mestre em Filosofia pela Universidade de Brasília (UnB).

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