Gênero e decolonialidade: percepções sobre o ser mulher na narrativa de jovens egressas da rede básica de ensino de Santana-AP
DOI:
https://doi.org/10.20952/revtee.v15i34.17369Palavras-chave:
Decolonialidade, Educação Pública, Gênero, Narrativas de jovens egressas, Santana-APResumo
O presente artigo tem por objetivo apresentar resultados parciais da pesquisa qualitativa de mestrado em educação, de viés narrativo, com ênfase no debate de gênero e decolonialidade. Participam da pesquisa três jovens egressas da rede básica de ensino da cidade de Santana-AP, com faixa etária entre 20 e 23 anos. As participantes foram convidadas a partir do interesse e envolvimento com as temáticas feministas, demonstrados na vivência escolar e nas relações pessoais. A partir das compreensões do ser mulher das colaboradoras, buscou-se compreender como a violência colonial de gênero se expressa e opera sobre as mulheres de cor de Abya Yala. O gênero, desse modo, é debatido como violência colonial onde, em intersecção com as dimensões de raça, sexualidade e classe, configura opressões e subalternidades que significam de modo específico as mulheres racializadas do sul global. As concepções críticas das jovens egressas do ensino básico sobre o ser mulher indicam elementos que trazem consistência para a análise social dos feminismos decoloniais e corrobora para a superação da imposição patriarcal, moderna e colonial de gênero nos territórios de Abya Yala, possibilitando reflexões sobre os caminhos para a superação da violência de gênero.
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