O grito LGBTQIAPN+ ouvido do Rio de Janeiro contra o cisheteroterrorismopatriarcal
políticas, poderes e pedagogias do corpo
Resumo
Discute-se sobre a cidade do Rio de Janeiro como território marcado pela necropolítica na gestão estatal e paraestatal - com a ação das milícias e do tráfico de drogas - de extermínio de corpos não hegemônicos, em dissidência ao cisheteropatriarcado, à branquitude e à cristandade. Soma-se ao argumento a contextualização histórica desse espaço como palco de manifestações políticas de diversas correntes ideológicas. Propõe-se que a população LGBTQIAPN+ lida com as investidas constantes e sistemáticas que têm como principais aliados o silenciamento e a invisibilidade, dispositivos usados como armas para instalação do heteroterrorismo. Como proposta militante, a discussão exorta a sororidade entre sujeitos LGBTQIAPN+, como partícipes de uma ética Bixa. Apresenta-se uma pedagogia do corpo constituída por uma gramática de vocábulos ternários, para uso indisciplinar. Busca-se a desinterdição de espaços públicos e privados, em associações micropolíticas aguerridas na/pela ética Bixa.