Humanidades digitais por um ensino de história crítico e decolonial
Resumo
Durante a pandemia de Covid-19 professores perceberam a urgência de aprenderem formas de aproveitarem os recursos das novas tecnologias digitais. Neste momento de isolamento social, as redes sociais ganharam maior protagonismo, garantindo a interação entre as pessoas, mas também impulsionaram tanto o negacionismo científico, quanto o negacionismo científico, assim como o negacionismo histórico. Segmentos ultraconservadores passaram a revisar períodos da História do Brasil, oferecendo narrativas alternativas que não têm acolhida dentro da academia. No combate ao negacionismo histórico a proposta das humanidades digitais, que são um campo transdisciplinar e promissor de pesquisas acadêmicas, pode ajudar os docentes na elaboração de estratégias pedagógicas que favoreçam um ensino crítico e decolonial, convergindo para as orientações da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) na área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. Neste artigo sugerimos algumas possibilidades de se trabalhar com as postagens das redes socais como fontes de pesquisa, para o debate crítico decolonial com estudantes de ensino médio, elegendo as temáticas do currículo de História, o descobrimento e a escravidão colonial. Desta forma os professores podem propor desconstruir narrativas negacionistas e eurocêntricas e colonialistas, realizando a crítica às interpretações e representações da história que lá circulam.