Mercados Ilegais e Dinâmicas Criminais: notas sobre as Transformações do Tráfico de Drogas nas Periferias de Fortaleza, Ceará
DOI:
https://doi.org/10.21669/tomo.vi40.15826Palavras-chave:
Tráfico, Drogas, Facções, Periferias, FortalezaResumo
O presente artigo tem por objetivo explorar as transformações do mercado de drogas ilegais associadas à atuação capilar de coletivos criminais nos bairros das periferias de Fortaleza, Ceará, Brasil. Através de pesquisas realizadas em seis bairros da capital cearense nos últimos 17 anos e do cruzamento com dados bibliográficos, analisamos suas transformações nas duas últimas décadas. Partimos das experiências de sujeitos ligados aos mercados de drogas ilegais e, assim, propomos uma compreensão de como elas se conectam a mudanças de diferentes escalas. Em uma metrópole internacionalmente conectada, a diversificação da oferta de drogas ilegais nas periferias e seus respectivos lucros materiais e simbólicos estimularam algumas das condições de possibilidades para a conformação de novas maneiras de se fazer o crime em Fortaleza.
Downloads
Referências
Adorno, Sérgio; Salla, Fernando. Criminalidade organizada nas prisões e os ataques do PCC. Estudos Avançados, Vol.21, n.61, Setembro/Dezembro de 2007.
Biondi, Karina. Junto e Misturado: uma etnografia do PCC. São Paulo: Editora Terceiro Nome, 2010.
Bourgois, Philippe. En busca de respeto: vendiendo crack en Harlem. Buenos Aires: Siglo Veintiuno Editores Argentina, 2010.
Coelho, Edmundo Campos. A Oficina do Diabo. In: Coelho, Magda Prates (org.). A Oficina do Diabo e outros estudos sobre criminalidade. Rio de Janeiro: Edições Record, 1987.
Dias, Camila Caldeira Nunes; Manso, Bruno Paes. PCC, sistema prisional e gestão do novo mundo do crime no Brasil. Revista Brasileira de Segurança Pública, São Paulo v. 11, n. 2, ago/set, 2017, p. 10-29.
Diógenes, Glória Maria dos Santos. Cartografias da cultura e da violência: gangues, galeras e o movimento hip-hop. São Paulo: Annablume, 1998.
Diógenes, Glória; Pereira, Alexandre. Rasuras, ruídos e tensões no espaço público no Brasil: Por onde anda a arte de rua brasileira? Dilemas, Rio de Janeiro, v. 13, n. 3, p. 759-779, Rio de Janeiro, set./dez. 2020.
Feltran, Gabriel de Santis. Crime e castigo na cidade: os repertórios da justiça e a questão do homicídio nas periferias de São Paulo. Caderno CRH, Salvador, v. 23, n. 58, jan./abr. 2010, p. 59-73.
Feltran, Gabriel de Santis . Governo que produz crime, crime que produz governo: o dispositivo de gestão do homicídio em São Paulo (1992 – 2011). Revista Brasileira de Segurança Pública, São Paulo, v. 6, n. 2, ago./set. 2012, p. 232-255.
Fraga, Paulo César Pontes. Plantios ilícitos no Brasil: notas sobre a violência e o cultivo de cannabis no polígono da maconha. Cadernos de Ciências Humanas-Especiaria, Ilhéus, v. 9, n. 15, jan./jun. 2006, p. 95-118.
Fraga, Paulo César Pontes. Plantios ilícitos de ‘cannabis’ no Brasil: Desigualdades, alternativa de renda e cultivo de compensação. DILEMAS: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, Rio de Janeiro, v. 4, n. 1, jan./mar. 2011, p. 11-39.
Fraga, Paulo César Pontes. A participação feminina no plantio de cannabis no Vale do São Francisco. In: Fraga, Paulo César Pontes (org.). Mulheres e criminalidade. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2015.
Freitas, Fabiano Lucas da Silva. A territorialidade da criminalidade violenta no bairro Jardim das Oliveiras – Fortaleza/CE. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Geografia, Programa de Pós-Graduação em Geografia, Fortaleza, 2010.
Foucault, Michel. Em defesa da sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 2003. Hirata, Daniel. Sobreviver na adversidade: entre o mercado e a vida. Tese (Doutorado em Sociologia) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, PPGS, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010.
Misse, Michel. Crime e violência no Brasil contemporâneo: estudos de sociologia do crime e da violência urbana. Rio de Janeiro: Editora Lumens Juris, 2006.
Misse, Michel. Crime organizado e crime comum no Rio de Janeiro: diferenças e afinidades. Revista de Sociologia e Política, Vol.19, n.40, outubro de 2011.Paiva, Luiz Fábio Silva. “Aqui não tem gangue, tem facção”: As transformações sociais do crime em Fortaleza. Caderno CRH. Salvador, vol. 32, n.85, jan./abr. 2019, p. 165-184.
Pires, Artur de Freitas. A vida no crime é louca: as relações criminais em um complexo de favelas. 299f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Sociologia, Fortaleza (CE), 2018.
Ramalho, José Ricardo. Mundo do crime: a ordem pelo avesso. São Paulo: Editora Graal, 1979.
Ribeiro, Josiane Maria de Castro. Conflitos, territórios e identificações: o encontro de experiências nas torcidas organizadas Cearamor e M.O.F.I. Tese (Doutorado em Sociologia) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Ciências Sociais, Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Fortaleza, 2010.
Sá, Leonardo. Guerra, mundão e consideração: uma etnografia das relações sociais dos jovens no Serviluz. Tese (Doutorado em Sociologia) – Departamento de Ciências Sociais, PPGS, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2010.
Santiago, Naigleison Ferreira. Gangues da madrugada: práticas culturais e educativas dos pichadores de Fortaleza nas décadas de 1980 e 1990. 94f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós--graduação em Educação Brasileira, Fortaleza, 2011.
Thoumi, Francisco E. Organized crime in Colombia: The Actors Running the Illegal Drug Industry. In: Paoli, Letizia. (ed.) The Oxford Handbook of Organized Crime. Nova Yorque, NY: Oxford University Press, 2014.
Zaluar, Alba. Integração perversa: pobreza e tráfico de drogas. Rio de Janeiro: FGV, 2004.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A revista TOMO adota a licença Creative Commons CC-BY 4.0 a qual permite:
-
Compartilhar: copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato.
-
Adaptar: remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).