Carta para Anastácia
DOI:
https://doi.org/10.21669/tomo.v42i.18597Palavras-chave:
silenciamento cultural, performance artística, feminismo interseccionalResumo
Neste artigo, em que experimentamos a carta como método e forma de análise já consolidado em pesquisas acadêmicas precedentes, esboçamos um diálogo entre a arte e as questões sociais que a provocam, mais especificamente, as desigualdades de gênero na sociedade brasileira. No empenho dessa interlocução construída por vias de uma narrativa ficcional, partimos das nossas experiências com a performance artística Epístolas Profanas, para refletir o silenciamento cultural das mulheres na construção histórica da identidade de gênero no Brasil, considerando as intersecções raciais, sobretudo a questão da mestiçagem e suas implicações (est)éticas, em uma perspectiva decolonial.
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