O Graffiti na fronteira de expansão amazônica: Pincel, spray e táticas por reconhecimento

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21669/tomo.v43.20975

Palavras-chave:

Graffiti, Táticas, Transação do Conhecimento, Juventudes

Resumo

O presente artigo busca compreender as táticas e campos de possibilidades de um artista local chamado Edney Areia, na cidade Imperatriz-MA, conhecida como “portal da Amazônia”. Para compreender como ele segue sobrevivendo naquele local, onde não há valorização da arte de rua e cuja política é focada nos grandes projetos de espoliação da natureza, acompanhamos percurso biográfico com especial atenção nos processos culturais, experiências cotidianas e saberes que apontam para as formas como ele se integra em uma rede de relações mais vastas. Nesse sentido, foram realizados registros fotográficos, observações diretas nas ruas e no ambiente virtual. Como conclusão, verificou-se a relação direta entre sociabilidades juvenis e a atualização do conhecimento técnico lhe possibilitou a obtenção de novas habilidades e capacidade de sobrevivência material.

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Biografia do Autor

Jesus Marmanillo, Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Doutor em Sociologia pelo Programa de Pós-graduação em Sociologia da Universidade Federal da Paraíba (PPGS-UFPB). Doutorando em Antropologia pela mesma instituição (PPGA-UFPB). Professor Adjunto do Departamento de Ciências Sociais(DCS-CCHLA) na Universidade Federal da Paraíba. Idealizou e protagonizou a criação do Programa de Pós-graduação em Sociologia da Universidade Federal do Maranhão (Campus de Imperatriz) do qual foi o primeiro coordenador, até novembro de 2020. Coordena o Laboratório de Estudos e Pesquisas sobre Cidades e Imagens (LAEPCI) e é membro do Comitê de Antropologia Visual da Associação Brasileira de Antropologia (CAV/ABA). Tem experiência na área de Antropologia e Sociologia Visual, História Social, Sociologia e Antropologia Política, Sociologia e Antropologia Urbana, atuando principalmente em temas relacionados às etnografias visuais, movimentos sociais e identidades coletivas e populações estigmatizadas na cidade.

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Publicado

2024-10-08

Como Citar

Marmanillo Pereira, J. (2024). O Graffiti na fronteira de expansão amazônica: Pincel, spray e táticas por reconhecimento. Revista TOMO, 43, 20975. https://doi.org/10.21669/tomo.v43.20975

Edição

Seção

Dossiê Juventudes e cidadania: práticas culturais e políticas públicas